QUITO (Reuters) - O Equador precisa de aproximadamente 650 milhões de dólares para reparar falhas técnicas e de construção em cinco importantes projetos petrolíferos, que foram submetidos a análise e, atualmente, operam abaixo de sua capacidade, disseram autoridades nesta segunda-feira.
Os projetos, construídos durante o governo do ex-presidente Rafael Correa, foram submetidos a análise técnica e econômica por empresas estrangeiras, com acompanhamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Os levantamentos indicam que os projetos têm custo superior ao previsto inicialmente em cerca de 2,5 bilhões de dólares, falhas no planejamento, violações legais e problemas de fiscalização.
“As empresas avaliadoras (recomendam) orçamentos corretivos de ao menos 650 milhões de dólares no total. Esse é um número que poderia ser conservador”, disse o diretor da Petroecuador, Pablo Flores, a repórteres.
Os recursos serão financiados pelo Estado, afirmou o ministro de Energia, Carlos Pérez, acrescentando que se analisa uma concessão da administração dos projetos, “sem que seja uma privatização”.
Correa classificou como “absurdo” o anúncio do governo e disse, em publicação no Twitter (NYSE:TWTR), confundir “deliberadamente sobrepreços com mudanças no orçamento original”.
“Estão esperando que a refinaria exploda, para culpar a Correa e logo privatizá-la”, acrescentou.
(Reportagem de Alexandra Valencia e José Llangari)