Por Saliou Samb e Souleymane Camara
CONACRI (Reuters) - O ex-governante militar da Guiné, Moussa Dadis Camara, está novamente sob custódia, disse seu advogado neste sábado, negando que Camara tenha participado voluntariamente de uma fuga armada da prisão que ele descreveu como um sequestro à força.
Moradores da capital Conacri acordaram com barulhos de tiros nas primeiras horas deste sábado, quando homens fortemente armados retiraram Camara e outros três oficiais de uma prisão na região central, levando as autoridades a lançarem uma busca em todo o país.
Em uma publicação nas redes sociais na tarde deste sábado, o advogado de Camara, Pepe Antoine Lamah, disse que Camara estava de volta à prisão Central House de Conacri.
Ele não deu detalhes sobre como seu cliente foi colocado novamente sob custódia, mas acusou o governo de ter falhado na proteção aos detentos.
"Camara foi de fato sequestrado no começo desta manhã por indivíduos fortemente armados que o colocaram à força em um veículo", disse. "É… inaceitável e até inapropriado chamar um sequestro de fuga".
As autoridades não responderam em um primeiro momento ao pedido por comentário. O procurador-geral havia dito anteriormente que abriu uma investigação contra Camara e outros envolvidos no que chamou de fuga da prisão.