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Exportação de algodão do Brasil passa a contar com produto da nova safra, diz Abrapa

Publicado 05.08.2024, 17:53
Atualizado 05.08.2024, 17:55
© Reuters. Lavoura de algodão perto de Luis Eduardo Magalhães (BA)n11/09/2018nREUTERS/Ricardo Moraes
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Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil, que liderou a exportação global de algodão pela primeira vez na temporada 2023/24, está começando a escoar a produção da nova safra, à medida que a colheita ganha ritmo depois de um início mais lento, disse nesta segunda-feira o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Alexandre Schenkel.

"Já está começando a embarcar a nova safra, a demanda está alta agora na exportação para a formação de lotes, dos contratos já celebrados... para a entrega desses contratos", disse ele, no intervalo de evento da Associação Brasileira de Agronegócio (Abag).

Ele lembrou que a exportação brasileira já vinha sendo forte nos últimos meses, uma vez que o país conta com estoques grandes do ciclo anterior.

Mas agora ganham um impulso adicional da pluma recém-colhida. O Mato Grosso, maior Estado produtor, havia colhido cerca de um terço da sua safra até sexta-feira passada.

"Historicamente, a exportação é mais lenta no início, mas com estoques do ano passado ela já vem forte, um ritmo muito bom, isso faz com que a gente consiga escoar nosso produto para os mercados asiáticos e outros compradores", destacou, lembrando que houve um atraso na colheita por questões climáticas, mas os trabalhos agora estão acelerados.

Os preços do algodão no mercado de Nova York, referência global, estão em mínimas de cerca de quatro anos, refletindo entre outros fatores a expectativa de uma grande safra nos Estados Unidos, que poderia recuperar a liderança global na exportação em 2024/25, após perdê-la para o Brasil em 2023/24, segundo números do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

Enquanto em 2023/24 o Brasil exportou 12,3 milhões de fardos, os EUA embarcaram 11,6 milhões de fardos, segundo o USDA. No novo ano, o USDA projeta 13 milhões para os norte-americanos e 12,5 milhões de fardos para os brasileiros.

"Os americanos vão ter a princípio uma produção boa... vamos depender da demanda, a demanda não é tão alta, mas não está parando", acrescentou Schenkel.

Segundo o presidente da Abrapa, não se trata de uma "corrida" com os norte-americanos pelo primeiro lugar na exportação, "mas mais importante é colher frutos" dos investimentos em pesquisas e da competitividade da pluma brasileira. Especialistas veem o setor do Brasil na liderança consolidada em prazo mais longo.

Para a safra do ano que vem de algodão no Brasil, o presidente da Abrapa disse esperar pelo menos uma manutenção da área plantada com a pluma.

© Reuters. Lavoura de algodão perto de Luis Eduardo Magalhães (BA)
11/09/2018
REUTERS/Ricardo Moraes

"Já fizemos fixações de contratos e 'basis', o planejamento de uma safra acontece 18 meses antes da colheita... muita coisa já foi celebrada, mas o principal é que o mercado tem se tornar viável, é importante uma reagida do preço para o produtor pelo menos manter a área de produção", comentou.

"Acredito que pelo menos vai manter a área, mas ampliar a área vai depender muito dos preços das commodities", completou.

 

(Por Roberto Samora)

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