SÃO PAULO (Reuters) - A exportação de milho do Brasil nas duas primeiras semanas de julho somaram 1,88 milhão de toneladas, superando o total embarcado em todo o mês de junho, com os embarques do cereal ganhando ritmo tradicionalmente no segundo semestre do ano.
Os embarques em nove dias úteis do mês somaram 208,5 mil toneladas ao dia, ante 72 mil toneladas/dia em junho, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério da Economia.
Os volumes exportados no acumulado do mês representam quase quatro vezes mais que o registrado em julho do ano passado (53,2 mil toneladas/dia), quando a exportação mensal do Brasil somou pouco mais de 1 milhão de toneladas, em meio a perdas na produção pela seca.
Em 2019, a exportação brasileira deve ser favorecida por uma safra recorde no Brasil e também por preços favoráveis, impulsionados pelo mercado de Chicago.
No primeiro semestre, os embarques de milho do Brasil somaram mais de 9 milhões de toneladas, segundo dados do Ministério da Agricultura, aumento de quase 80% ante o mesmo período de 2018.
As exportações de soja do Brasil já estão mais fracas, com o total no acumulado do mês somando cerca de 3,5 milhões de toneladas (384 mil toneladas/dia), enquanto o milho ganha espaço nos portos.
O ritmo de embarques da oleaginosa está mais lento ante junho (477 mil toneladas/dia) e julho de 2018 (463,5 mil toneladas/dia), após o Brasil ter colhido uma safra menor e com o setor sofrendo os efeitos de uma menor demanda da China, atingida pela peste suína africana.
No primeiro semestre, de acordo com dados do governo, as exportações de soja do Brasil caíram 3,8% ante o mesmo período de 2018, para 44,5 milhões de toneladas.
O Brasil é o principal exportador global de soja e está entre os maiores de milho.
(Por Roberto Samora)