SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de milho do Brasil continuaram em ritmo acelerado nas três primeiras semanas de agosto, após bater recorde no mês anterior, apontaram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
Nos 12 primeiros dias úteis de agosto, os embarques de milho totalizaram cerca de 4,3 milhões de toneladas, uma média de 358,1 mil toneladas por dia, enquanto a média de todo o mês anterior foi de 274,6 mil toneladas diárias.
A média diária sinaliza que os embarques de agosto poderão superar os do mês anterior.
Em julho, as exportações totais do grão foram de 6,317 milhões de toneladas, acima do recorde anterior, de dezembro de 2015. À época, especialistas já sinalizavam que as vendas em agosto poderiam ser ainda maiores.
Em termos de comparação anual, os embarques de todo o mês de agosto de 2018 somaram 2,82 milhões de toneladas.
Além das fortes exportações, o Brasil também deve registrar safra recorde de milho na atual temporada, com 101,91 milhões de toneladas, segundo pesquisa realizada pela Reuters com instituições e especialistas.
SOJA
Principal produto de exportação do Brasil, a soja mantém a tendência de queda verificada no mês anterior, quando era impactada pela safra menor do país e por uma menor demanda da China, país fortemente afetado pela peste suína africana.
Até a terceira semana de agosto, as exportações da oleaginosa acumulavam 2,7 milhões de toneladas, ou 227,6 mil toneladas por dia. Em todo o mês de agosto de 2018, as vendas foram de 8,1 milhões de toneladas, ou 353 mil toneladas diárias.
Já em julho deste ano, as exportações de soja somaram 7,8 milhões de toneladas, com média diária de 340 mil toneladas.
Na última semana, a Reuters noticiou que a demanda chinesa reaqueceu por conta da recente escalada da guerra comercial do país asiático com os Estados Unidos, mas que há uma disputa também fortalecida entre os importadores asiáticos e os processadores locais.
(Por Gabriel Araujo)