(Reuters) - As exportações do agronegócio brasileiro atingiram 13,97 bilhões de dólares em setembro, valor recorde para o mês e 38,4% superior ao do mesmo período de 2021, informou nesta sexta-feira o Ministério da Agricultura.
O resultado foi puxado tanto pela alta de 17,2% nos preços quanto pelo aumento de 18,1% no volume exportado, no comparativo anual.
O complexo soja --composto pelo grão, óleo e farelo-- foi responsável por 3,95 bilhões de dólares das exportações em setembro, 24,2% acima do registrado em igual mês do ano passado.
"Os preços elevados dos produtos do setor foram o principal fator responsável pelo incremento do valor exportado", disse a pasta em nota.
As vendas de carnes para o exterior registraram o recorde para meses de setembro, de 2,43 bilhões de dólares, a partir de uma alta de 11,2% nos preços médios de exportação que compensou o recuo de 1,3% na quantidade exportada. O desempenho foi impulsionado pela proteína bovina, que renovou sua máxima histórica em embarques.
O complexo sucroalcooleiro ficou na quinta posição entre os principais setores exportadores do agronegócio brasileiro, com embarques de 1,48 bilhão de dólares (+52,4%). O açúcar foi responsável pela maior parte do valor exportado pelo setor, atingindo 1,24 bilhão (+44,9%).
A Ásia se destacou novamente como principal região importadora, tendo comprado 6,39 bilhões de dólares em produtos agropecuários do Brasil em setembro, desempenho encabeçado pela China, que aumentou as importações em 13,1% na comparação anual, para 3,69 bilhões de dólares.
Na ponta importadora, o Brasil adquiriu 2,05 bilhões de dólares em fertilizantes em setembro de 2022. O valor foi 14,1% maior quando comparado com o mesmo mês de 2021, enquanto o volume teve uma redução de 22,6% em meio a um cenário de preços ainda elevados.
De acordo com o ministério, no acumulado de janeiro a setembro, o Brasil somou 122,07 bilhões de dólares em exportações, avanço de 30,5% na comparação anual.
(Por Rafaella Barros)