SÃO PAULO (Reuters) - Os fiscais federais agropecuários brasileiros iniciaram nesta quinta-feira uma paralisação por melhores salários e contra ajustes fiscais anunciados pelo governo, em uma greve que ameaça afetar o comércio exterior de produtos passam por portos e aeroportos do país.
A greve deverá atingir também postos de fronteira, além dos frigoríficos de carnes, que terão o acompanhamento dos fiscais, mas não a emissão da certificação internacional, disse o sindicado.
Para o presidente do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Maurício Porto, as exportações brasileiras serão as mais prejudicadas com a paralisação.
"Com a greve, as certificações dos produtos de origem animal e vegetal não serão emitidas e, com isso, eles não poderão sair do país", afirmou em nota.
Porto disse também que serão mantidos todos os serviços essenciais à garantia da saúde pública e da sanidade animal e vegetal.
Segundo o sindicato da categoria, cargas vivas e produtos perecíveis, que não tenham condições de armazenamento, vão ser liberadas.
O sindicato não tinha informação nesta quinta-feira sobre a adesão da categoria no primeiro dia do movimento ou sobre o impacto da greve.
A paralisação começou após tentativas de negociação com o governo federal pela reposição das perdas salariais decorrentes da inflação dos últimos anos, segundo nota divulgada nesta quinta-feira.
(Por Roberto Samora)