Por Caroline Stauffer e Reese Ewing
SÃO PAULO (Reuters) - Até 12 contêiners que carregavam produtos químicos pegaram fogo em um terminal no porto de Santos nesta quinta-feira, restringindo a movimentação de navios, disseram representantes da autoridade portuária Codesp.
O incêndio no terminal de contêiners da empresa de logística Localfrio no Guarujá, no lado leste do porto de Santos, começou por volta das 15h e continuava nesta noite, levando nuvens de fumaça sobre o porto.
A autoridade portuária disse em comunicado que paralisou a atracagem de navios no terminal operado pela Santos Brasil, perto do terminal Alfandegado, da Localfrio, por conta da fumaça. Fora isso, o porto operava normalmente.
A Santos Brasil também informou que as operações foram paralisadas por tempo indeterminado.
Uma porta-voz da Localfrio, que exporta cargas em geral assim como produtos químicos usados em refrigeração, disse que medidas de emergência estão sendo tomadas e que o terminal foi esvaziado.
Ela disse que os contêiners continham ácido dicloroisocianúrico, não amônia, como informado inicialmente pela imprensa local.
Ainda assim, a prefeita do Guarujá, Maria Antonieta de Brito, em entrevista à GloboNews, fez um apelo para que os moradores fiquem em casa e mantenham as janelas fechadas até que se saiba mais sobre os gases liberados.
Representantes dos terminais Teag e Teg, de açúcar e grãos, no Guarujá, disseram que os carregamentos continuam. Imagens da televisão mostraram bombeiros usando máscaras de gás enquanto combatiam as chamas.
O Corpo de Bombeiros local disse que seis caminhões estavam na área. A GloboNews disse que 39 pessoas buscaram atendimento médico por causa de náuseas e dores de cabeça.
(Reportagem adicional de Juliana Schincariol, no Rio de Janeiro)