Investing.com - Os futuros norte-americanos de milho atingiram uma alta de mais de uma semana na sexta-feira, uma vez que as preocupações com clima chuvoso atrasando as plantações no cinturão de grãos dos EUA impulsionaram os preços.
Na Bolsa Mercantil de Chicago, o milho norte-americano com vencimento em maio atingiu uma alta da sessão de US$ 3,8060 por bushel, o nível mais alto desde 8 de abril, antes de ser negociado a US$ 3,7960, subindo 3,4 centavos ou 0,94%.
Na semana, o contrato futuro de milho de maio subiu 5,0 centavos, ou 0,63%, o primeiro ganho semanal em três semanas.
Segundo o Departamento da Agricultura dos EUA (USDA), somente 2% da safra norte-americana de milho foi plantada a partir de 12 de abril. A média de cinco anos para esta época do ano é de 5%.
Enquanto isso, o trigo norte-americano com vencimento em maio caiu 1,07 centavos, ou 0,22%, e ficou em US$ 4,9440 por bushel na sexta-feira. Um dia antes, o trigo caiu para US$ 4,8900, o nível mais baixo desde 10 de março.
Na semana, o contrato de trigo de maio caiu 25,0 centavos, ou 6,38%, a maior queda semanal desde julho, uma vez que previsões climáticas indicaram chuva muito necessária nos principais estados norte-americanos produtores de trigo.
O USDA disse que 42% da safra de trigo de inverno dos EUA foi classificada como boa a excelente na semana passada. Aproximadamente 34% da safra estava em condições "boa" a "excelente" na mesma semana do ano passado.
A agência também disse que 17% da safra de milho de primavera foi plantada a partir da semana passada, em comparação com apenas 5% na mesma semana do ano passado e abaixo da média de cinco anos de 11% para esta época do ano.
Na CBOT, a soja norte-americana com vencimento em maio subiu 2,6 centavos, ou 0,28%, e foi negociada a US$ 9,6860 por bushel. Na semana, o contrato de soja de maio subiu 19,12 centavos ou 1,65%.
Os ganhos ficaram limitados em meio ao otimismo com as projeções para as reservas na América do Sul. Brasil e Argentina são os principais exportadores de soja e competem com os EUA nesse mercado global.
As perspectivas de safras sul-americanas maiores podem pesar sobre a demada pelas reservas norte-americanas.
Na próxima semana, os participantes do mercado focarão na divulgação de dados importantes do USDA, que incluem números sobre o progresso da safra e sobre as vendas semanais de exportação.
O milho é a maior safra norte-americana, seguido pela soja, segundo estatísticas do governo. O trigo ocupa o quarto lugar, atrás do feno.