Investing.com – Os preços do ouro apresentaram queda nas fracas negociações desta quarta-feira, uma vez que os investidores adotaram uma abordagem cautelosa antes da divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do Banco Central dos EUA (Fed) que deve ocorrer no final da sessão.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de ouro, com vencimento em junho, caíram US$ 4,80, ou 0,4%, sendo negociados a US$ 1.205,70 por onça-troy nas negociações norte-americanas da manhã.
Um dia antes, o ouro perdeu US$ 8,00, ou 0,66%, para US$ 1.210,60, uma vez que um dólar dos EUA mais forte pesou. Espera-se que os futuros encontrem apoio em US$ 1.178,20, a baixa de 31 de março, e resistência em US$ 1.224,50, a alta de 6 de abril.
Os investidores estão aguardando a ata da reunião mais recente do Fed nesta quarta-feira para mais indicações sobre as próximas ações de política do banco central, após dados de emprego decepcionantes na sexta-feira terem alimentado a incerteza com o momento de um aumento da taxa.
O Departamento do Trabalho informou na sexta-feira que a economia dos EUA adicionou 126.000 novos postos de trabalho em março, menos da metade do ganho de fevereiro e o menor aumento desde dezembro de 2013.
Os preços do ouro estavam bem apoiados nas últimas sessões, em meio a expectativas de que as taxas de juros nos EUA vão subir a um ritmo mais lento do que se pensava anteriormente.
Os futuros de ouro subiram quase 6% desde que atingiu a baixa recente de US$ 1.140,60 em 17 de março, uma vez que indicações de que a economia dos EUA desacelerou no primeiro trimestre alimentaram apostas de que o Banco Central dos EUA (Fed) vai adiar o aumento das taxas de juros até o final de 2015.
Uma demora no aumento das taxas de juros pode ser vista como um sentimento de alta para o ouro, por diminuir o custo relativo da compra do metal, que não oferece aos investidores qualquer pagamento semelhante e garantido.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu 0,7% para 97,55 no início do dia.
Na divisão Comex, os futuros de prata com vencimento em maio caíram 6,5 centavos, ou 0,39%, para US$ 16,77 por onça, ao passo que o cobre com vencimento em maio recuou 1,5 centavos, ou 0,53%, para US$ 2,748 por libra.
Os futuros de cobre permaneceram apoiados, uma vez que uma interrupção na produção das atividades de mineração no Chile, Indonésia e Austrália levou os comerciantes a reavaliar as perspectivas para a oferta e demanda global.
Antes da recente onda de interrupções, muitos analistas de mercado previam que a produção de cobre das minas excederia a demanda em 2015, pela primeira vez em seis anos. Agora, alguns estão prevendo um déficit.
A comissão estatal chilena de cobre, Cochilco, disse na terça-feira que o país deverá produzir 5,94 milhões de toneladas de cobre em 2015, abaixo de uma estimativa anterior de 6,0 milhões de toneladas.
O Chile produz cerca de um terço do cobre do mundo e é o maior exportador mundial do metal.
Os preços do metal vermelho subiram em quase 14% desde que atingiram uma baixa recente de US$ 2,420 em 26 de janeiro.