Investing.com - Os preços do ouro foram negociados em alta na sexta-feira, atraindo o apoio dos dados fracos sobre o PIB dos EUA, que aumentou as esperanças de que o Banco Central dos EUA (Fed) pode adiar quaisquer aumentos planejados das taxas de juros.
O ouro, com vencimento em fevereiro, subiu US$ 80 centavos, ou 0,07%, na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), e encerrou a semana a US$ 1.116,40 por onça-troy.
Na sexta-feira, o Departamento do Comércio informou que a economia norte-americana cresceu em uma taxa anual de 0,7% no quarto trimestre, não correspondendo às expectativas para um crescimento de 0,8%, e ficando abaixo dos 2,0% no trimestre anterior.
Na quarta-feira, os preços do ouro foram negociados em uma alta de três meses de US$ 1.128,00, uma vez que os participantes do mercado interpretaram a declaração de política do Fed como um pouco moderada.
Como esperado, o Fed manteve as taxas de juros inalteradas na conclusão da sua reunião de política e disse que estava "monitorando de perto" os desenvolvimentos econômicos e financeiros mundiais.
Os traders estão prevendo somente mais um aumento de taxas neste ano, provavelmente em julho, em comparação com os quatro de acordo com a orientação dos legisladores do Fed. Um caminho gradual para o aumento das taxas é visto como uma ameaça menor para os preços do ouro do que uma série rápida de aumentos.
Na semana passada, os preços do ouro subiram US$ 20,10, ou 1,8%, a segunda semana consecutiva de altas. Os preços do metal precioso encerraram janeiro com um ganho de 5,4%, o maior aumento mensal em um ano, uma vez que os investidores buscaram refúgio da turbulência dos mercados acionários globais.
Também na Comex, os futuros de prata com vencimento em março subiram 1,1 centavos, ou 0,08%, para US$ 14,24 por onça-troy na sexta-feira. Na semana, os futuros de prata subiram 17,8 centavos, ou 1,32%.
Em outra parte das negociações de metais, o cobre com vencimento em março subiu 1,5 centavos, ou 0,76%, para encerrar a semana a US$ 2,067 por libra na sexta-feira, uma vez que os mercados de ações mundiais subiram após uma decisão inesperada do Banco do Japão de adotar taxas de juros negativas.
Na semana, os preços do cobre da Comex saltaram 5,5 centavos, ou 3,3%, reforçando as expectativas para o novo estímulo por parte do banco central na Europa e na Ásia.
Apesar da forte performance semanal, o cobre perdeu quase 3% até agora em janeiro, uma vez que os investidores cortaram as participações do metal vermelho em meio a preocupações persistentes sobre uma desaceleração econômica na China. A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 45% do consumo mundial.
Nesta semana, os investidores aguardarão o relatório do indicador NFP (non-farm payrolls) dos EUA referente ao mês de janeiro para avaliar se a maior economia do mundo está forte o suficiente para resistir aos novos aumentos das taxas em 2016.
Os participantes do mercado também estão aguardando relatórios sobre o setor industrial da China na segunda-feira, em meio a preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 1 de fevereiro
A China deve publicar dados oficiais sobre a atividade do setor industrial e de serviços, assim como o índice industrial Caixin.
Nos EUA, o Institute of Supply Management (ISM) deve divulgar um relatório sobre a atividade industrial.
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, deve se pronunciar sobre o relatório anual do banco referente a 2015 perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo.
Terça-feira, 2 de fevereiro
O Banco Central da Austrália deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária.
Quarta-feira, 3 de fevereiro
A China deve publicar seu índice Caixin sobre o setor de serviços.
Os EUA devem publicar o relatório ADP sobre a geração de empregos no setor privado e o ISM deve publicar dados sobre a atividade do setor de serviços.
Quinta-feira, 4 de fevereiro
O presidente do BCE, Mario Draghi, deve falar em um evento em Frankfurt.
O Banco da Inglaterra (BoE) deve anunciar sua decisão sobre taxa de juros e publicar as atas da reunião de política monetária. O banco também deve publicar seu relatório trimestral sobre inflação. O presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, deve participar de uma coletiva de imprensa para discutir o relatório.
Os EUA devem divulgar dados oficiais sobre os pedidos iniciais de auxílio-desemprego e sobre os pedidos às fábricas.
Sexta-feira, 5 de fevereiro
Os EUA devem resumir a semana com dados atentamente observados sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls) e dados sobre a balança comercial.