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Futuros de ouro, prata e cobre - Projeção semanal: 14 a 18 de outubro

Publicado 13.10.2013, 08:04
Investing.com - Os contratos futuros de ouro despencaram para uma baixa de três meses na sexta-feira, uma vez que as esperanças de que os legisladores norte-americanos chegariam a um acordo sobre o impasse do teto da dívida do país antes do prazo final, 17 de outubro, reduziram o apelo do porto seguro representado pelo metal precioso.

Algumas vendas técnicas também contribuíram para as perdas após os preços terem ficado abaixo dos níveis de apoio.

Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos futuros de ouro para entrega em dezembro caíram 1,93% na sexta-feira, encerrando a semana em US$ 1.271,90 por onça-troy.

Os futuros de ouro da Comex caíram para US$ 1.259,60 por onça-troy no início da sessão, o nível mais fraco desde 10 de julho. O contrato de dezembro caiu 0,79%, para US$ 1.296,00 por onça-troy na quinta-feira.

Espera-se que os contratos futuros de ouro encontrem suporte em US$ 1.242,35 por onça-troy, a baixa de 10 de julho, e resistência em US$ 1.311,80, a alta de 10 de outubro.

Na semana, o metal precioso perdeu 2,9%, o segundo declínio semanal consecutivo.

Na sexta-feira, os Republicanos e a administração Obama começaram um segundo dia de negociações sobre um acordo para reabrir o governo e elevar o teto da dívida norte-americana por seis semanas.

O governo federal está paralisado desde 1 de outubro. Os legisladores devem elevar o limite de financiamento nacional até 17 de outubro ou correm o risco de uma inadimplência da dívida soberana.

Vendas técnicas também fizeram pressão sobre o ouro após os futuros terem caído abaixo do nível de apoio e atingido o nível de US$ 1.280, desencadeando uma série de pedidos de venda automática em meio a sinais de baixa.

Um pedido de venda surpreendentemente grande no início do pregão Comex fez os preços despencarem em US$ 30 em questão de minutos, alimentando as especulações de que os fundos de hedge e os investidores de grandes instituições estavam largando posições longas.

A incerteza em relação ao programa de estímulo do Fed também continuou em foco.

A ata de quarta-feira da reunião de setembro do Fed informou que “foi por pouco" essa decisão de não começar a redução do estímulo, com apenas um membro votando em alterar o programa.

As preocupações com o impacto econômico do impasse sobre o orçamento e o teto da dívida dos EUA alimentaram as expectativas de que o Banco Central dos EUA (Fed) postergará os planos de iniciar a redução do seu programa mensal de US% 85 bilhões em compras de ativos.

Dados divulgados na sexta-feira mostraram que em outubro o sentimento do consumidor norte-americano caiu para o nível mais baixo em nove meses, uma vez que pesaram as preocupações com o impacto da paralisação do governo.

O índice do sentimento do consumidor emitido pela Universidade de Michigan declinou para 75,2 de uma leitura final de 77,5 em setembro, ficando abaixo das expectativas de uma leitura de 76,0.

Nesta semana, os investidores continuarão observando atentamente os acontecimentos políticos em Washington. Os traders de ouro também examinarão os discursos de uma série de autoridades do Fed em busca de dicas sobre a política monetária.

Na divisão Comex, a prata para entrega em dezembro afundou 2,91% na sexta-feira, fechando a semana em US$ 21,25 por onça-troy. Na quinta-feira, os preços da prata subiram 0,02%, para US$ 21,89.

Na semana, os preços dos futuros de prata caíram 2,29%, a quinta perda semanal consecutiva.

Enquanto isso, o cobre para entrega em dezembro avançou 0,63% na sexta-feira e fechou a semana em US$ 3,269 por libra-peso. Na quinta-feira, os futuros de cobre subiram 0,54%, para US$ 3,248 por libra-peso.

Apesar dos ganhos de sexta-feira, os preços do metal vermelho caíram 0,96% na semana em meio a preocupações de que uma paralisação do governo norte-americano criará um empecilho ao crescimento econômico do quarto trimestre.

Dados oficiais divulgados no sábado mostraram que o superávit comercial da China contraiu acentuadamente em setembro uma vez que as exportações apresentaram queda inesperada, alimentando as preocupações com as perspectivas de crescimento na segunda maior economia do mundo.

O superávit comercial chinês contraiu para US$ 15,2 bilhões no mês passado, de um superávit de US$ 28,6 bilhões em agosto, em comparação com as estimativas de um superávit de US$ 27,7 bilhões.

As exportações chinesas caíram 0,3% em relação ao ano passado, desafiando as expectativas de um aumento de 6% e após um ganho de 7,2% em agosto.

Os participantes do mercado estão agora aguardando uma série de dados econômicos chineses, a serem divulgados no final desta semana, que incluem relatórios sobre inflação, produto interno bruto, produção industrial e vendas no varejo.

A China é o maior consumidor mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.

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