Investing.com – Os futuros do ouro operaram no nível mais forte em quase três semanas nesta sexta-feira, uma vez que a decisão do Banco Central dos EUA (Fed) de manter as taxas de juros inalteradas nos níveis atuais impulsionou o apelo pelo metal precioso.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro, com vencimento em dezembro, subiu US$ 20,80, ou 1,86%, e encerrou a sessão de sexta-feira em US$ 1.137,80 por onça-troy. Os preços atingiram uma alta diária de US$ 1.141,50, o nível mais alto desde 1 de setembro.
Na semana, os preços do ouro subiram US$ 30,30, ou 3,14%, quebrando uma série de derrotas de três semanas.
O banco central dos EUA manteve as taxas de juros de curto prazo inalteradas na quinta-feira, em meio a preocupações com uma fraca inflação e os efeitos da recente volatilidade do mercado sobre a economia dos EUA.
O banco central disse que queria ver “mais melhoria no mercado de trabalho", e estar "razoavelmente confiante" de que a inflação vai aumentar antes dos aumentos das taxas.
Uma demora no aumento das taxas de juros é considerada um sentimento de alta para o ouro, por diminuir o custo relativo da compra do metal, que não oferece aos investidores qualquer pagamento semelhante e garantido.
O ouro atingiu uma baixa de cinco anos e meio de US$ 1.072,30 no dia 24 de julho, em meio a especulações de que o Banco Central dos EUA (Fed) vai aumentar as taxas de juros pela primeira vez desde 2006 em algum momento neste ano.
O momento para um aumento das taxas do Fed tem sido uma fonte constante de debate nos mercados nos últimos meses. Os investidores estão agora se concentrando na próxima reunião do Fed em 27 e 28 de outubro.
Na divisão Comex, os futuros de prata com vencimento em dezembro avançaram 17,9 centavos, ou 1,19%, na sexta-feira, ficando em US$ 15,16 por onça-troy no fechamento do pregão. Na semana, os futuros de prata subiram 64,4 centavos, ou 4,58%, o maior ganho semanal em quatro meses.
Enquanto isso na negociação de metais, o cobre com vencimento em dezembro caiu 6,6 centavos, ou 2,69%, na sexta-feira, sendo negociado em US$ 2,386 por libra, após ter atingido uma baixa diária de US$ 2,372, o nível mais baixo desde 8 de setembro.
Na semana, os preços do cobre perderam 4,5 centavos, ou 2,64%, uma vez que a avaliação pessimista do Banco Central dos EUA (Fed) sobre a situação da economia global influenciaram o sentimento do investidor.
Os futuros de cobre têm estado sob forte pressão de venda nas últimas semanas, uma vez que as preocupações relacionadas com uma desaceleração da economia global liderada pela China assustaram os traders e confundiram o sentimento. Os preços do metal vermelho atingiram uma baixa de seis anos de US$ 2,202 em 24 de agosto.
A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.
Nesta semana, os investidores vão se concentrar em dados dos EUA de bens duráveis, bem como relatórios sobre as vendas de imóveis para mais indicações sobre a força da economia e da probabilidade de um aumento das taxas de juros de curto prazo.
A Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados. O guia não inclui a terça-feira porque não há dados relevantes previsto para esse dia.
Segunda-feira, 21 de setembro
Os EUA devem divulgar um relatório sobre as vendas de imóveis usadas.
Quarta-feira, 23 de setembro
A China deve revelar a leitura preliminar do seu índice de manufatura Caixin.
A zona do euro deve publicar dados preliminares sobre a atividade nos setores manufatureiro e de serviços, ao passo que o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, deve fazer um pronunciamento perante a Comissão de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu, em Bruxelas.
Quinta-feira, 24 de setembro
Os EUA devem divulgar dados sobre os pedidos de bens duráveis, pedidos de seguro-desemprego e vendas de imóveis novos. No final do dia, a presidente do Fed, Janet Yellen, deve fazer um pronunciamento em um evento na Universidade de Massachusetts.
Sexta-feira, 25 de setembro
Os EUA devem resumir a semana com dados revistos sobre o crescimento econômico do segundo trimestre e um relatório revisto sobre o sentimento do consumidor.