Investing.com - Os preços do ouro encerraram a semana no nível mais baixo desde fevereiro de 2010, uma vez que os mercados preparavam-se para um aumento das taxas de juros pelo Banco Central dos EUA (Fed) no próximo mês.
Na sexta-feira, o ouro, com vencimento em fevereiro, caiu US$ 13,50, ou 1,26%, na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), e foi negociado a US$ 1.056,20 por onça-troy.
O ouro caiu para US$ 1,051,60, um nível não visto em quase seis anos, uma vez que os investidores cortaram as participações do metal precioso em meio a expectativas de que o Fed aumentará as taxas pela primeira vez em quase uma década, na sua reunião na metade de dezembro.
Na semana, os preços do metal precioso caíram US$ 13,80, ou 1,88%, a sexta perda semanal consecutiva.
Os volumes de negociação estavam fracos na sexta-feira devido ao feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. Na sexta-feira, o mercado de ações dos EUA fechou às 13h, após ter ficado fechado na quinta-feira, em virtude do feriado de Ação de Graças.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas mundiais, encerrou a sessão de sexta-feira em alta de 0,19% para 100,05. Anteriormente, o dólar subiu para 100,26, um nível não visto desde 16 de março.
O dólar permaneceu amplamente apoiado após uma série de dados otimistas oriundos dos EUA divulgados durante a semana ter sido somado às expectativas de que o Banco Central dos EUA (Fed) vai aumentar as taxas de juros no próximo mês.
As commodities vendidas em dólar tornam-se mais caras para os investidores detentores de outras moedas quando a moeda dos EUA sobe.
Os futuros do ouro caíram mais de 6% até agora em novembro em meio a expectativas de que o banco central dos EUA vai aumentar as taxas de juros pela primeira vez em 9 anos na reunião em 15-16 de dezembro.
As expectativas de um aumento da taxa de empréstimo no futuro são consideradas pessimistas para o ouro, uma vez que o metal precioso se esforça para competir com ativos de alto rendimento, quando as taxas de juros estão em ascensão.
Também na Comex, os futuros de prata com vencimento em março caíram 12,7 centavos, ou 0,9%, na sexta-feira, encerrando a semana em US$ 14,04 por onça-troy no fechamento do pregão. Os preços atingiram uma baixa de seis anos de US$ 13,85 em 23 de novembro.
Na semana, os futuros de prata caíram 8,8 centavos, ou 0,62%, a sexta perda semanal consecutiva.
Enquanto isso, nas negociações de metais, o cobre com vencimento em março subiu 0,8 centavos, ou 0,41%, para US$ 2,057 por libra na sexta-feira. O metal vermelho subiu 4% na quinta-feira, uma vez que as autoridades da China disseram considerar um teste sobre a venda a descoberto do metal no mercado local.
Apesar dos ganhos na sexta-feira, os preços do cobre caíram 0,2 centavos, ou 0,19%, uma vez que a possibilidade de um aumento dos custos de empréstimos nos EUA, um dólar mais forte e o crescimento econômico mundial mais lento, especialmente na China, influenciaram.
Nesta semana, os investidores estarão enfocando o relatório de sexta-feira do indicador NFP (nonfarm payrolls) dos EUA referente ao mês de novembro, o último relatório sobre empregos antes de o Banco Central dos EUA (Fed) definir sobre as taxas de juros em sua reunião 15-16 dezembro.
O resultado da reunião do Banco Central Europeu na quinta-feira também estará em foco em meio a especulações que o banco central poderia aumentar seu programa de estímulo monetário.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 30 de novembro
Os EUA devem publicar um relatório sobre a atividade manufatureira na região de Chicago e dados do setor privado sobre as vendas de imóveis residenciais usados.
Terça-feira, 1 de dezembro
A China deve divulgar relatórios sobre a atividade do setor de manufatura e serviços oriundos da Federação da China de Logística e Compras, bem como o índice de serviços Caixin e a leitura revisada do índice de produção Caixin.
O Banco Central da Austrália deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária.
O presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, deve realizar uma coletiva de imprensa sobre os resultados do Relatório de Estabilidade Financeira e Testes de Estresse do Banco do Reino Unido, em Londres. O Reino Unido deve produzir um relatório sobre a atividade industrial.
Nos EUA, o Instituto de Gestão de Abastecimento (ISM) deve divulgar um relatório sobre a atividade industrial.
Quarta-feira, 2 de dezembro
O presidente do Banco Central da Austrália (RBA), Glen Stevens, deve se pronunciar no café da manhã da Câmera de Comércio da Austrália-Israel, em Perth. A Austrália deve publicar dados sobre o produto interno bruto no terceiro trimestre.
A zona do euro deve divulgar dados preliminares sobre o índice de preços ao consumidor.
Os EUA devem publicar o relatório ADP sobre a geração de empregos no setor privado e dados semanais sobre as reservas de petróleo. A presidente do Fed, Janet Yellen, deve se pronunciar sobre as perspectivas da economia norte-americana no Clube Econômico de Washington D.C.
O Banco da Canadá deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária.
Quinta-feira, 3 de dezembro
O BCE deve também anunciar sua decisão sobre a política monetária. O anúncio da taxa deve ser seguido por uma coletiva de imprensa após a reunião com o presidente do banco, Mario Draghi.
Os EUA devem divulgar dados sobre os pedidos de auxílio-desemprego e pedidos às fábricas, ao passo que o ISM deve publicar dados sobre a atividade do setor de serviços nos EUA. A presidente do Fed, Yellen, deve comentar sobre a política monetária perante o Joint Economic Committee, em Washington D.C.
Sexta-feira, 4 de dezembro
Os EUA devem resumir a semana com dados atentamente observados sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls).