Investing.com - Os futuros de ouro caíram acentuadamente na sexta-feira, uma vez que dados robustos sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls) dos EUA alimentaram o otimismo relacionado à força da economia e impulsionaram as expectativas de que o Banco Central dos EUA começará a elevar as taxas de juros mais cedo e mais rápido do o que inicialmente previsto.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em abril caiu US$ 28,10, ou 2,23%, para US$ 1.234,60 no fechamento do pregão de sexta-feira.
Os preços chegaram a US$ 1.228,60, o nível mais baixo desde 15 de janeiro. Na semana, o ouro perdeu US$ 44,60, ou 3,49%, o segundo declínio semanal consecutivo.
Espera-se que os contratos futuros de ouro encontrem suporte em US$ 1.226,10 por onça-troy, a baixa de 15 de janeiro, e resistência em US$ 1.269,00, a alta de 6 de fevereiro.
Também na Comex, a prata com vencimento em março caiu 50,2 centavos, ou 2,92%, na sexta-feira, ficando em US$ 16,69 por onça-troy no fechamento do pregão. Em 1 de dezembro, os preços atingiram US$ 16,54, um nível não visto desde 12 de janeiro.
Na semana, o contrato dos futuros de prata de março caíram 46,0 centavos, ou 2,99%, também a segunda perda semanal consecutiva.
O Departamento do Trabalho dos EUA informou que a economia norte-americana gerou 257.000 postos de emprego em janeiro, muito mais do que os 234.000 projetados pelos economistas. Os números de dezembro foram revistos para 329.000, dos 252.000 projetados anteriormente.
Embora a taxa de desemprego tenha subido para 5,7% no mês passado, em relação aos 5,6% de dezembro, a média salarial por hora e a taxa de participação subiram em janeiro.
Os dados otimistas somaram-se à visão de que a recuperação econômica mais forte pode fazer o Banco Central dos EUA aumentar as taxas de juros a partir dos níveis perto de zero até junho.
As expectativas de uma taxa de empréstimo maior no futuro é algo considerado pessimista para o ouro, uma vez que o metal precioso se esforça para competir com ativos de alto rendimento, quando as taxas de juros estão em ascensão.
O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, recuperou-se 1,26% na sexta-feira, encerrando a semana em 94,84.
Um dólar norte-americano mais forte geralmente pesa sobre o ouro, porque a moeda diminui o apelo do metal como um ativo alternativo e torna as commodities negociadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas.
Enquanto isso, o euro permaneceu sob pressão, porque as preocupações com as negociações da dívida da Grécia continuaram pesando sobre o sentimento do mercado.
A Standard and Poor’s rebaixou a classificação da Grécia de B para B- na sexta-feira, um ponto acima do padrão, e manteve a perspectiva em «negativa», indicando que ainda eram possíveis mais cortes na classificação.
Enquanto isso na negociação de metais, o cobre com vencimento em março caiu 0,9 centavos, ou 0,37%, na sexta-feira, ficando em US$ 2,585 por libra-peso no fechamento do pregão, uma vez que um dólar norte-americano amplamente mais forte pesou sobre a commodity.
Apesar das leves perdas de sexta-feira, o cobre da Comex subiu 10,9 centavos, ou 3,69%, na semana, o primeiro ganho semanal em cinco semanas, após o Banco Popular da China ter reduzido as taxas de reservas exigidas dos bancos em um esforço para impulsionar empréstimos e estimular a atividade econômica.
No fim de semana, a China divulgou um superávit comercial de US$ 60,0 bilhões no mês passado, em comparação a um superávit de US$ 48,9 bilhões, acima de um superávit de US$ 49,6 bilhões em dezembro.
Em janeiro, as exportações chinesas caíram 3,3% em comparação com o ano passado, não atingindo as expectativas de um ganho de 6,3%, ao passo que as importações recuaram 19,9%, bem pior do que as projeções de um declínio de 3,0%.
A nação asiática é o maior consumidor mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.
Nesta semana, os investidores estarão aguardando os dados norte-americanos de quinta-feira sobre as vendas no varejo e os pedidos de seguro desemprego, além do relatório de sexta-feira sobre o sentimento do consumidor, em busca de mais indicações sobre a força da recuperação econômica.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Terça-feira, 10 de fevereiro
A China deve divulgar um relatório sobre o índice de preços ao consumidor e produtor.
Quarta-feira, 11 de fevereiro
O grupo europeu de ministros das finanças deve se reunir em Bruxelas.
Quinta-feira, 12 de fevereiro
Os EUA devem divulgar relatórios sobre as vendas no varejo e sobre os pedidos iniciais de seguro desemprego.
Sexta-feira, 13 de fevereiro
A zona do euro deve divulgar dados preliminares sobre o crescimento econômico.
Os EUA devem resumir a semana com dados preliminares sobre o sentimento do consumidor.