Investing.com – Os futuros de ouro permaneceram perto de uma baixa de oito meses hoje, após o índice de condições do setor de manufatura do Banco Central dos EUA (Fed) ter apresentado em setembro uma melhoria no ritmo mais rápido em mais de quatro anos.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em dezembro caiu para uma baixa diária de US$ 1.226,40 por onça, o nível ainda não visto desde 9 de janeiro.
Os futuros recuperaram-se e foram negociados em US$ 1.235,60 durante as negociações norte-americanas da manhã, em alta de US$ 4,10, ou 0,33%.
O ouro deve encontrar apoio em US$ 1.218,60, a baixa de 8 de janeiro, e resistência em US$ 1.251,00, a alta de 11 de setembro.
Também na Comex, a prata com vencimento em dezembro subiu 1,7 centavos, ou 0,09%, para US$ 18,62 por onça.
O Fed de Nova York disse anteriormente que seu índice de condições gerais de negócios cresceu para 27,5 este mês, de uma leitura 14,7 em agosto. Os analistas esperam que o índice suba para 16,0 em setembro.
Com relação ao índice, uma leitura acima de 0,0 indica melhoria das condições; abaixo, indica piora das condições.
Os dados otimistas somaram-se à especulação de que o Banco Central dos EUA (Fed) pode sinalizar um aumento antecipado das taxas de na reunião de política desta semana.
A dólar permaneceu em alta, em meio a especulações de que as autoridades do Fed poderiam adotar uma linguagem mais enérgica, possivelmente, ao omitir a menção de seu compromisso de manter as taxas baixas por um “tempo considerável”.
O banco central deve cortar seu programa de compra de ativos por mais US$ 10 bilhões, o que estaria no caminho certo para a dissolução do programa em outubro, e começará a elevar as taxas de juros em algum momento em meados de 2015.
Armazenar ouro resulta em custos, sendo que o metal se esforça para competir com ativos de rendimento, quando as taxas de juros estão em ascensão.
Enquanto isso, nas negociações de metais, o cobre com vencimento em dezembro recuou 2,5 centavos, ou 0,8%, para US$ 3,082 por libra, após dados terem mostrado que a produção industrial da China, em agosto, cresceu no ritmo mais fraco em quase seis anos, somando-se às preocupações com uma desaceleração da segunda maior economia do mundo.
Dados divulgados no sábado mostraram que a produção industrial na China cresceu a uma taxa anual de 6,9% em agosto, em consonância com as expectativas e saindo de um aumento de 9,0% no mês anterior.
Os investimentos em ativos fixos, que monitoram a atividade da construção, subiram 16,5% no período de janeiro a agosto, abaixo das expectativas para um ganho de 16,9% e diminuindo de 17,0% no período de janeiro a julho.
Os dados mais fracos do que esperado manifestaram preocupação com a economia da China e provocou especulações de que os legisladores de Pequim terão que inserir um novo estímulo para cumprir a meta de crescimento de 7,5% do governo.
A China é a maior consumidora mundial de cobre, representando quase 40% da demanda global.