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Futuros de ouro saem da baixa de 11 semanas com queda do dólar

Publicado 08.06.2015, 11:43
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Investing.com – Os preços do ouro apresentaram uma leve alta nesta segunda-feira, mas permaneceram perto de uma baixa de 11 semanas em meio a especulações de que o Banco Central dos EUA (Fed) poderia aumentar as taxas de juros após o verão.

Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de ouro, com vencimento em agosto, subiram US$ 2,90, ou 0,25%, sendo negociados a US$ 1.171,00 por onça-troy nas negociações norte-americanas da manhã. Os preços ficaram em uma faixa entre US$ 1.168,60 e US$ 1.177,00.

Na sexta-feira, os preços do ouro alcançaram a US$ 1.162,10, um nível não visto desde 19 de março, antes de ficar em US$ 1.168,10, uma queda de US$ 7,10, ou 0,6%.

Espera-se que os futuros de gás natural encontrem apoio em US$ 1.162,10, a baixa de 5 de junho, e resistência em US$ 1.186,60, a alta de 4 de junho.

O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu 0,6% para 95,82, saindo das altas de sexta-feira de 96,95.

O dólar ficou mais fraco depois da recuperação da sexta-feira, após um forte relatório de emprego nos EUA ter reforçado as expectativas de um aumento das taxas pelo Banco Central dos EUA (Fed) ainda neste ano.

O Departamento de Trabalho informou que a economia dos EUA gerou 228.000 vagas de emprego em maio, bem acima da projeção dos economistas de 220.000.

Os dados otimistas tornaram evidente a visão de que a economia está no caminho certo para se recuperar após um primeiro trimestre fraco e impulsionaram as expectativas de que o Banco Central dos EUA (Fed) poderia começar a aumentar as taxas em sua reunião de política setembro.

As expectativas de uma taxa de empréstimo maior no futuro são consideradas pessimistas para o ouro, uma vez que o metal precioso se esforça para competir com ativos de alto rendimento, quando as taxas de juros estão em ascensão.

Enquanto isso, desenvolvimentos em torno das negociações entre a Grécia e seus credores internacionais permaneceram em foco.

No fim de semana, o Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, pediu que o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, no fim de semana, criasse reformas econômicas alternativas “rapidamente” para que as negociações pudessem continuar nesta semana.

Atenas atrasou uma parcela do pagamento da dívida ao Fundo Monetário Internacional na sexta-feira, após o Tsipras ter rejeitado as reformas propostas apresentadas pela CE, que considerou como “absurdas”.

Também na Comex, os futuros de prata com vencimento em julho caíram 2,7 centavos, ou 0,17%, para US$ 15,95 por onça. Na sexta-feira, os preços da prata caíram para US$ 15,93, o nível mais fraco desde 1 de maio, antes de ficarem em US$ 15,98, uma queda de 11,9 centavos, ou 0,74%.

Na negociação de metais, o cobre com vencimento em julho avançou 0,7 centavos, ou 0,25%, para US$ 2,699 por libra. Una sexta-feira, os futuros caíram para US$ 2,670, um nível não visto desde 23 de abril, antes de subirem 0,5 centavos, ou 0,2%, para ficar em US$ 2,692.

Dados de comércio oficiais divulgados no início do dia mostraram que as importações de cobre da China em maio caíram 16,3% em relação ao mês anterior, para 360.000 milhões de toneladas.

O superávit comercial do país aumentou para US$ 59,5 bilhões no mês passado, de um superávit de US$ 34,2 bilhões em abril, em comparação com as estimativas de um superávit de US$ 45,0 bilhões. As exportações chinesas caíram 2,5% em comparação com o ano anterior, ao passo que as importações recuaram 17,6%, muito pior do que as projeções para uma queda de 10,7%.

Uma desaceleração na demanda doméstica indicou que a recuperação da economia como um todo continua frágil e pode precisar de mais estímulo do governo.

A economia da China cresceu no ritmo mais lento em seis anos no primeiro trimestre, evidenciando as especulações de que os legisladores terão de inserir mais medidas de flexibilização para alavancar a economia em meio ao fraco crescimento.

Desde novembro, o Banco Popular da China inseriu uma série de medidas de estímulo, inclusive redução das taxas de juros por três vezes e o corte da taxa de compulsório dos principais bancos por duas vezes, a fim de estimular a atividade econômica e impulsionar o crescimento.

A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, representando quase 40% da demanda global.



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