Investing.com - Os preços do petróleo foram negociados em queda no pregão europeu desta quarta-feira, em meio à especulação de que os dados semanais sobre as reservas, que devem ser divulgados até o final da sessão, mostrarão que os estoques de petróleo nos EUA aumentaram a um ritmo mais rápido do que o esperado na semana passada.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo com vencimento em abril caiu 40 centavos, ou 1,16%, e foi negociado a US$ 34,00 por barril, às 08h05min. GMT, ou 03h05min. ET. Na véspera, os futuros de petróleo negociados em Nova York subiram 65 centavos, ou 1,93%, em meio a indicações de que os perfuradores de óleo de xisto nos EUA estão cortando a produção.
Após o fechamento dos mercados na terça-feira, o American Petroleum Institute (API), um grupo do setor petrolífero, informou que os estoques de petróleo nos EUA subiram em 9,9 milhões de barris na semana encerrada em 26 de fevereiro, surpreendendo os participantes do mercado que estão esperando uma alta de 2,5 milhões de barris.
As reservas de petróleo em Cushing, Oklahoma, centro de entrega de WTI aumentaram em 1,8 milhão de barris, de acordo com o API, levantando temores de que a maior instalação de armazenamento do país está se aproximando de sua capacidade total.
A Energy Information Administration dos EUA deve divulgar seu relatório semanal sobre as reservas de petróleo às 15h30min. GMT, ou 10h30min. ET, nesta quarta-feira, em meio às expectativas para um ganho de 3,6 milhões de barris.
Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em maio caíram 7 centavos, ou 0,16%, sendo negociados a US$ 36,74 por barril.
Na terça-feira, os futuros de Brent negociados em Londres atingiram uma alta de dois meses de US$ 37,25, uma vez que expectativas de que os principais produtores de petróleo trabalhem em conjunto para limitar a produção apoiaram os preços.
Na terça-feira, o ministro da Energia da Rússia disse que uma "massa crítica" de países produtores de petróleo concordou em congelar a produção de petróleo, de acordo com a agência de notícias TASS.
O ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos disse na terça-feira que "todos devem se mover em direção ao congelamento da produção, gostando ou não", devido aos baixos preços atuais do petróleo, de acordo com a agência de notícias do país.
A Rússia, a Arábia Saudita, a Venezuela e o Qatar anunciaram no mês passado que estavam dispostos a congelar a produção nos níveis de janeiro, desde que os outros exportadores de petróleo aderissem o movimento.
Os futuros de petróleo caíram quase 70% desde o início de 2014. A produção mundial de petróleo está superando a demanda após um crescimento na produção de óleo de xisto dos EUA e após a decisão da Opep no ano passado de não cortar a produção, a fim de defender a sua quota de mercado.
Enquanto isso, a diferença do contrato de Brent sobre o West Texas Intermediate ficou em US$ 2,74 por barril, em comparação com uma diferença de US$ 2,41 no fechamento do pregão da terça-feira.