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Futuros de petróleo caem para maior baixa desde dezembro

Publicado 07.05.2012, 04:53
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Investing.com – Os contratos futuros de petróleo ficaram sob forte pressão de venda durante as negociações europeias da manhã desta segunda-feira, uma vez que os investidores cortaram sua exposição a ativos mais arriscados em meio a preocupações com o impacto que as eleições de fim de semana na França e na Grécia podem ter na atual crise da dívida da zona do euro.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de petróleo leve e doce para entrega em junho foram negociados a US$ 97,60 o barril, durante as negociações europeias da manhã, caindo 0,9%.

Anteriormente, os futuros caíram até 0,2%, para negociação a US$ 95,36 por barril, a maior baixa desde 20 de dezembro de 2011.

Os preços do petróleo apresentaram acentuadas perdas da sessão de sexta-feira porque o sentimento do mercado foi prejudicado após o desafiante socialista, François Hollande, ter derrotado o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e os partidos políticos gregos a favor de resgate financeiro terem sido esmagados, de acordo com as pesquisas de bocas de urna, nas eleições parlamentares de domingo.

Os resultados das eleições de fim de semana causaram novas incertezas quanto à capacidade da Europa em enfrentar a crise da dívida.

Hollande pediu recentemente uma renegociação do “compacto fiscal” da Europa e de suas duras regras orçamentais, ao passo que nenhum partido político ganhou votos suficientes para formar um governo na Grécia, criando especulações de que endividado país possa rejeitar o recém-assinado pacote de ajuda financeira.

Há preocupações de que a crise da dívida soberana da região possa provocar uma ampla desaceleração econômica que pode diminuir a procura pelo petróleo. Segundo dados da British Petroleum, a zona do euro representou quase 12% do consumo global de petróleo em 2010.

Um relatório mais fraco que o esperado sobre o emprego nos EUA, divulgado na sexta-feira, somou-se ao ambiente sombrio do comércio, o que aumentou a incerteza acerca da força da recuperação econômica dos EUA.

O Ministério do Trabalho dos EUA informou que a economia do país criou 115.000 empregos no mês de abril, o menor aumento em seis meses e muito aquém das previsões de um aumento de 170.000, depois de criar 154.000 empregos em março, um número revisto para cima.

A taxa de desemprego caiu para 8,1%, a menor desde janeiro de 2009. No entanto, os dados mostraram que o declínio resultou inteiramente de pessoas abandonando seus empregos.

O relatório fraco sobre o emprego nos EUA acrescentou peso à incerteza acerca da força da recuperação norte-americana e levantou preocupações quanto a uma desaceleração na demanda de petróleo dos EUA, após dados do governo terem mostrado que os estoques de petróleo dos EUA subiram, na semana passada, para o nível mais alto desde 1990.Os dados decepcionantes fizeram os investidores evitar ativos mais arriscados, como ações e commodities industriais, e migrar para a relativa segurança do dólar norte-americano.

O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,43%, para 79,94, a maior alta desde 16 de abril.

Os preços do petróleo caíram quase 4% na sexta-feira, a maior queda diária desde 14 de dezembro. As perdas do petróleo aceleraram ainda mais depois que os preços ficaram abaixo de um nível-chave de suporte técnico, perto de sua média de movimento de 100 dias, desencadeando novos pedidos de venda em meio a dados com tendência de queda.

Os preços de petróleo na Nymex caíram quase 12% desde que atingiu um pico intradiário de 1 de março de US$ 110,53 o barril, uma vez que diminuíram as tensões entre o Irã e as nações ocidentais acerca do programa nuclear do país e em meio a preocupações cada vez maiores sobre a saúde da economia global.

Na ICE Futures Exchange, os contratos futuros de petróleo Brent para entrega em junho caíram 0,7% e foram negociados a US$ 112,44 por barril, com o spread entre os contratos Brent e de petróleo ficando em US$ 14,84.

O petróleo Brent, a referência europeia, está mais que 12% abaixo de sua alta intradiária de mais de US$ 128,00 atingido em 1 de março.

Uma perda potencial do fornecimento do petróleo iraniano ajudou a sustentar os fortes ganhos dos preços do petróleo durante o ano passado e o primeiro trimestre deste ano.

Mas as negociações entre o Irã e as grandes potências sobre as ambições nucleares do Teerã, junto com a crescente produção da Arábia Saudita e Líbia e sinais de um crescimento econômico norte-americano e de emprego no país mais lento, ajudaram a recuar os preços do petróleo das altas do primeiro trimestre.

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