Investing.com – Os futuros de petróleo atingiram uma nova baixa de cinco anos hoje, uma vez que o dólar ficou mais forte após dados terem mostrado que os pedidos de seguro-desemprego nos EUA da semana passada subiram menos que o esperado e que as vendas no varejo dos EUA aumentaram mais do que o mercado tinha previsto no mês passado.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo com vencimento em janeiro atingiu uma baixa da sessão de US$ 60,10 por barril, um nível não visto desde julho de 2009, antes de ser negociado a US$ 60,83 durante as negociações europeias da manhã, caindo 11 centavos, ou 0,18%.
O índice do dólar, que avalia o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas mundiais, subiu 0,5% para 88,70, não muito longe das altas de cinco anos de 89,53, alcançadas na segunda-feira.
Os contratos futuros de petróleo vendidos em dólar norte-americano tendem a subir quando a moeda dos EUA enfraquece, pois isso torna o petróleo mais barato para os compradores detentores de outras moedas.
Em um relatório, o Ministério do Trabalho dos EUA informou que a quantidade de indivíduos que entraram com pedido novo de seguro desemprego na semana que terminou em 6 de dezembro diminuiu em 3.000, para 294.000, do total da semana anterior de 297.000.
Separadamente, o Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo subiram no mês passado 0,7%, superando as expectativas por um aumento de 0,4%. O crescimento das vendas no varejo para outubro foi revisto para cima a um aumento de 0,5% de um ganho relatado anteriormente de 0,3%.
As vendas no varejo, que excluem as vendas de automóveis, subiram 0,5% em novembro, superando facilmente a projeção de um aumento de 0,1%. As vendas subiram 0,4% em outubro.
Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em janeiro caíram 23 centavos, ou 0,35%, sendo negociados a US$ 64,22 por barril.
O ministro do petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, reiterou na quarta-feira que o reino não tem planos para conter a produção, somando-se ao sentimento tendente à baixa.
O relatório mensal da Organização de Países Exportadores de Petróleo divulgado na quarta-feira prevê que a demanda global por petróleo do grupo deve cair para 28,9 milhões de barris por dia no próximo ano, o nível mais baixo em 12 anos, e abaixo dos 29,4 milhões de barris por dia em 2014.
A produção coletiva de petróleo da OPEP caiu para 390.100 barris por dia em novembro, um total de 30,05 milhões de barris. Segundo a agência, a queda foi resultada pela Líbia, o que reduziu a produção em cerca de 248.300 barris por dia para 638.000.
Produção da Arábia Saudita caiu 60.100 barris por dia para 9,59 milhões de barris por dia, ao passo que a produção no Kuwait diminuiu 59.400 barris por dia para 2,69 milhões de barris por dia.
O petróleo Brent negociado em Londres caiu quase 44% desde junho, quando subiu e ficou perto de US$ 116,00, ao passo que o petróleo WTI está em baixa de quase 43% em relação a uma recente alta de US$ 107,50 em junho.
A OPEP decidiu manter sua meta de produção em 30 milhões de barris por dia no mês passado, desapontando as expectativas de que o cartel de petróleo reduza a produção para apoiar o mercado, uma vez que há um excesso de oferta em meio ao “boom” de xisto nos EUA, que está sendo bombeado a um ritmo mais rápido em mais de 30 anos.
O Kuwait baixou os preços oficiais de venda do petróleo em janeiro, seguindo uma ação semelhante da Arábia Saudita e do Iraque, o que indica que os exportadores da OPEP estão intensificando uma batalha pela participação de mercado, com óleo de xisto mais barato.