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Futuros de petróleo mantêm perdas após dados dos EUA; Síria em foco

Publicado 29.08.2013, 11:03
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Investing.com – Os contratos futuros de petróleo mantiveram suas perdas nesta quinta-feira apesar de dados, que mostraram que o crescimento norte-americano no segundo trimestre foi revisto para uma alta e que os pedidos de seguro desemprego caíram, terem indicado que a recuperação está nos trilhos.

Os futuros foram liquidados uma vez que os investidores especularam que a ação militar contra a Síria não era algo iminente. Os preços recuperaram-se acentuadamente nas últimas sessões em meio a indicações de que os EUA estavam perto de tomar ações militares contra o governo sírio.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de petróleo leve doce para entrega em outubro foram negociados a US$ 109,31 o barril durante as negociações norte-americanas da manhã, recuando 0,7%.

No início do dia, os preços caíram até 1,3%, para US$ 108,63 o barril, uma baixa da sessão.

Na quarta-feira, o contrato de outubro subiu 1%, para US$ 110,10 por barril, após atingir uma alta de US$ 112,22 por barril, o nível mais forte desde 3 de maio de 2011.

Espera-se que os contratos futuros de petróleo encontrem suporte em US$ 105,89 por barril, a baixa de 27 de agosto, e resistência em US$ 112,22, a alta de quarta-feira.

O Ministério do Comércio dos EUA informou que o produto interno bruto (PIB) do país cresceu a uma taxa anual ajustada sazonalmente de 2,5% nos três meses até junho, acima das expectativas de crescimento de 2,2% e acima da estimativa preliminar de 1,7%.

Um relatório separado emitido pelo Ministério do Trabalho dos EUA informou que o número de pessoas que entraram com pedido de seguro desemprego na semana passada no país caiu em 6.000, para um ajuste sazonal de 331.000, comparado com as expectativas de uma queda de 5.000.

Os dados mais fortes que o esperado somaram-se às especulações de que o Fed reduzirá suas compras de títulos em sua próxima reunião de política em meio a sinais cada vez maiores de uma recuperação na economia norte-americano.

O banco central está programado para se reunir nos dias 17 e 18 de setembro para revisar a economia e avaliar a política monetária.

A possibilidade de que o Fed pode reduzir seu programa de estímulo ajudou a flutuar o dólar norte-americano.

O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,65%, para 81,97, o nível mais forte desde 5 de agosto.

Os contratos futuros de petróleo vendidos em dólar norte-americano tendem a cair quando a moeda dos EUA fica forte, pois isso torna o petróleo mais caro para os compradores detentores de outras moedas.

Enquanto isso, os participantes do mercado permaneceram cautelosos em meio a preocupações com um ataque militar norte-americano iminente contra a Síria, após suposto uso sírio de armas químicas.

Na quarta-feira, o presidente Barack Obama disse que os EUA concluíram que o governo sírio realizou um ataque com armas químicas perto de Damasco, mas adicionou que ele não tinha ainda se decidido se intervirá militarmente ou não.

Embora a Síria não seja uma grande produtora de petróleo, os investidores temem que uma guerra civil que já dura dois anos possa se espalhar e afetar as reservas de petróleo dos países vizinhos.

Os participantes do mercado também estão preocupados com o envolvimento do Irã, sexto maior produtor de petróleo da OPEP.

Os comentários feitos na quarta-feira pelo chefe das forças armadas Hassan Firouzabadi sugeriram que o Teerã atacará Israel se Washington decidir atacar a Síria.

Na ICE Futures Exchange, os contratos futuros de petróleo Brent para entrega em outubro caíram 0,6%, para US$ 115,95 por barril, com o spread entre os contratos Brent e de petróleo bruto ficando em US$ 6,64 por barril.

Na quarta-feira, os preços do Brent subiram para US$ 117,32 o barril, a maior alta desde 20 de fevereiro.

O banco francês Societe Generale disse que os preços do Brent negociado em Londres podem subir parar até US$ 150 por barril se o conflito interromper o abastecimento oriundo do Oriente Médio e norte da África.

Os países do Oriente Médio e norte da África foram responsáveis por 36% da produção mundial de petróleo e detiveram 52% das reservas provadas em 2012.

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