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Futuros de soja recuam de alta de 6 meses em realização de lucro

Publicado 19.03.2012, 08:08
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Investing.com – Os contratos futuros de soja caíram nesta segunda-feira, pela primeira vez em cinco pregões, uma vez que os investidores retiraram dinheiro do mercado para bloquear os ganhos de uma recuperação que levou os preços ao nível mais alto, desde meados de setembro, na sexta-feira.

Na Bolsa Mercantil de Chicago, os contratos futuros de soja para entrega em maio foram negociados a US$ 13,6388 por bushel, durante as negociações europeias da manhã, despencando 0,7%.

Anteriormente, os futuros caíram até 0,89%, para negociação em uma baixa de dois dias, a US$ 13,6238 por bushel. Na sexta-feira, os preços atingiram US$ 13,7712 por bushel, a maior alta desde 15 de setembro.

Os contratos futuros de soja se recuperaram em quase 13% desde o início de fevereiro, incluindo um aumento de quase 5% em março, uma vez que o sentimento do mercado foi dominado pelas preocupações com as safras prejudicadas dos principais produtores sul-americanos de soja e pelas esperanças de que a demanda da China, principal consumidor do grão, permanecerá robusta no curto prazo.

Dados de exportação dos EUA divulgados hoje apontaram mais uma prova da mudança da demanda de exportação da América do Sul para os EUA.

O Ministério da Agricultura dos EUA (USDA) disse que os agricultores norte-americanos venderam cerca de 1,393 milhões de toneladas de soja na semana passada, significativamente maior que a faixa de estimativas de 0,65 milhões para 0,90 milhões de toneladas.

Foi o terceiro maior número de vendas semanais de soja desde setembro.

O relatório de exportação do USDA inclui uma venda de cerca de 368.200 toneladas para a China na campanha antiga de comercialização da safra, e 669.000 toneladas para a China na campanha 2012-13.

Em fevereiro, os agricultores norte-americanos venderam 2,923 milhões de toneladas de soja para a China, na maior venda diária já registrada.

De acordo com o Ministério da Agricultura dos EUA, a China é o maior consumidor mundial de soja e deve representar quase 60% do comércio mundial do grão na temporada 2011-12.

Enquanto isso, as atuais preocupações acerca das culturas brasileiras prejudicadas pela seca também deram suporte às esperanças de uma demanda maior para as safras norte-americanas.

O Brasil é o principal exportador de soja e concorre com os EUA pelos negócios desse setor no mercado global. Previsões negativas com relação à safra brasileira podem aumentar a demanda pelos estoques norte-americanos.

No mês passado, o Ministério da Agricultura dos EUA (USDA) informou que uma produção sul-americana reduzida impulsionará as exportações dos EUA em 22%, para um recorde de 42,2 milhões de toneladas, no ano que começa setembro.

No entanto, a alta acentuada nos preços fez alguns investidores venderem sua posição e bloquearem os ganhos na realização de lucro.

Alguns analistas de mercado esperam que os preços da soja permaneçam paralisados pelo resto do mês até o USDA divulgar suas projeções de quantos acres os agricultores vão plantar com a colheita em 30 de março.

O relatório de intenção de plantio será a primeira estimativa de área plantada de soja nos EUA baseada em pesquisa.

Na sexta-feira, a influente consultoria agrícola Allendale fixou os acres de soja em 74,495 milhões, abaixo dos 75 milhões de acres estimados no fórum de previsão do USDA, no mês passado, e abaixo de uma previsão recente de 75,128 milhões da Informa Economics.

Na Bolsa Mercantil de Chicago, o trigo para entrega em maio caiu 1,28%, para negociação a US$ 6,6338 por bushel, enquanto o milho para entrega em maio recuou 1,18%, para negociação a US$ 6,6563 por bushel.

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