BELFAST (Reuters) - O Exército Republicano Irlandês (IRA, na sigla em inglês) ainda pode estar ativo uma década após seu fim oficial, disse uma autoridade de alto escalão da Irlanda do Norte nesta sexta-feira – uma revelação que, se comprovada, pode derrubar o governo da província britânica.
O comentário desencadeou uma negação categórica de uma figura de destaque do Sinn Fein, partido cuja posição como parte do governo de partilha de poder da Irlanda do Norte se sustenta na dissolução do IRA, seu antigo braço armado.
O fim do IRA foi uma cláusula essencial do acordo da Sexta-Feira Santa de 1998, que pôs fim em grande parte às três décadas de violência no país entre os católicos a favor de uma unificação com a Irlanda e os protestantes desejosos de permanecer na Grã-Bretanha.
O ministro da Justiça da Irlanda do Norte, David Ford, disse que a polícia lhe informou que o assassinato de Kevin McGuigan, ex-membro do IRA, em Belfast no dia 12 de agosto pode estar ligado a outros efetivos do grupo.
"Eles estavam falando sobre pessoas que são ou foram membros do IRA Provisório, então é claro que existe uma preocupação... de que pode haver membros atuais do IRA envolvidos", declarou Ford à rede estatal irlandesa RTE.
(Por Ian Graham)