Roma, 17 nov (EFE).- O governo italiano de Mario Monti completa um ano neste sábado e em um documento emitido para resumir sua atividade comemora que, com sua política de rigor e suas reformas, não só salvou à Itália mas, além disso, sem elas talvez já "não existisse a eurozona".
"Talvez hoje, sem as políticas de rigor aprovadas pelo Executivo, não existisse a eurozona ou teria ficado reduzida em sua dimensão geográfica, sem o que a Itália, com um esforço coletivo sem precedentes, conseguiu realizar", diz o preâmbulo do documento de 17 paginas.
No dia 17 de novembro de 2011, o Executivo guiado pelo ex-comissário europeu recebia o voto de confiança do Parlamento e se dispunha a governar a Itália.
A crise econômica e um prêmio de risco disparado haviam obrigado o então primeiro-ministro Silvio Berlusconi a renunciar e o chefe de Estado, Giorgio Napolitano, tinha decidido, após consultar os partidos políticos e perante a grave situação interna, nomear um tecnocrata para dirigir o país até o fim da legislatura, em abril de 2013.
O governo de Monti assegura que neste ano o país foi "saneado", evitando que a Itália, "devido a seu peso, provocasse uma mudança de eventos econômicos e financeiros no cenário europeu e inclusive mundial".
No entanto, o Executivo italiano reconhece que podia ter feito mais para as "classes menos favorecidas" e, sobretudo, para apoiar às famílias, "que são o tecido produtivo do país".
A Itália, afirma o governo, "se encontra no caminho da mudança e pode olhar com mais confiança para seu futuro. Um futuro que será prospero se continuar sobre esta via e sem pôr a perder o trabalho realizado até agora". EFE