SÃO PAULO (Reuters) - A Gol negou nesta sexta-feira notícia que afirma que a norte-americana Delta Air Lines vai injetar novo capital na companhia, aproveitando a medida provisória que permite que estrangeiros detenham até 49 por cento das ações com direito a voto em companhias aéreas brasileiras.
A notícia foi publicada no blog do colunista da Veja Geraldo Samor e afirma que o preço acordado para a emissão das novas ações é entre 4,80 e 5 reais por ação, e a família Constantino, controladora da Gol, vai acompanhar o aumento de capital.
A ação da Gol chegou a subir 11 por cento nesta sexta-feira com a notícia, mas devolveu parte ganhos após a negativa da empresa, e tinha valorização de 5,25 por cento às 11h38 no horário de Brasília.
"A Gol esclarece que a matéria publicada hoje pelo site da Veja, na coluna do Geraldo Samor, não é verdadeira. A companhia nega esta informação, ela não procede", disse a empresa em comunicado à imprensa.
A Delta informou que "o assunto neste momento é um rumor e a Delta não comenta rumores ou especulações". A norte-americana possui 16,19 por cento das ações preferenciais da Gol e 9,48 por cento do capital total.
A empresa elevou sua fatia na Gol de 2,93 para 9,48 por cento no ano passado depois de acordos financeiros com a parceira, incluindo uma injeção de capital, para reforçar a liquidez da companhia brasileira.
A ação da Gol acumulou alta de 52 por cento desde 2 de março, quando o governo federal publicou a medida provisória que eleva o limite de participação de estrangeiros nas aéreas.
Analistas do BTG Pactual (SA:BBTG11) avaliaram que a medida favorece a Gol, pois "aumenta possibilidade de aquisição sem a necessidade de utilização de estruturas não ortodoxas de governança".
(Por Priscila Jordão)