Governo avalia impor tarifa de 17% a importações de etanol, diz deputado

Publicado 20.06.2017, 19:36
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BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro deverá analisar no início de julho uma taxação sobre a importação de etanol, hoje isenta de qualquer tributo, afirmou nesta terça-feira o deputado federal Sérgio Souza (PMDB-PR), integrante da Frente Parlamentar do Setor Sucroenergético.

Ele acrescentou que a equipe econômica mostrou-se favorável à medida, uma reivindicação que vem sendo feita nos últimos meses pelo setor.

Após reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ele afirmou que a investida busca ajudar o setor, limitando a compra do biocombustível dos Estados Unidos, que vem atrapalhando diretamente os resultados das usinas do Nordeste, região que normalmente importa maiores volumes do produto.

"Vai ter uma reunião da Camex (Câmara de Comércio Exterior) no próximo dia 4, possivelmente virá uma taxação da importação do etanol. Boa parte dos países do mundo taxam 20, 30, 40, 50 por cento. O Brasil deve taxar em torno de 17 por cento", disse ele a jornalistas.

O Ministério da Agricultura recomendou a taxação do etanol importado ao final de abril, mas o assunto não chegou a ser deliberado em reunião da Camex, com alguns integrantes do governo argumentando que, se a medida fosse efetivada, o Brasil poderia estar sujeito a retaliações norte-americanas.

"É um pedido do setor, mas já faz uns três, quatro meses que a gente tem tratado desse assunto. Há grande probabilidade de ser fechado no próximo dia 4, na reunião da Camex", acrescentou o deputado, classificando a receptividade da Fazenda à barreira como "muito boa".

O Brasil é o principal mercado para as exportações de etanol de milho dos EUA.

As compras brasileiras aumentaram fortemente no começo do ano, durante a entressafra no centro-sul, para preencher a lacuna deixada pelo declínio da produção interna, uma vez que os produtores brasileiros elevaram o volume de cana para produção de açúcar, que estava mais rentável que o biocombustível.

O deputado afirmou, contudo, que o açúcar tem enfrentado barreiras no mercado global de açúcar, como taxação mais elevada da China.

Nesse sentido, também foram pedidas medidas para tornar o etanol mais competitivo frente à gasolina, seja pela desoneração de PIS/Cofins sobre o etanol ou uma nova incidência de Cide sobre a gasolina, reivindicações antigas do setor.

Segundo Souza, Meirelles sinalizou que estudaria os pleitos.

(Por Marcela Ayres)

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