Por Alexandra Valencia
(Reuters) - O governo do Equador e líderes de grupos indígenas chegaram a um acordo nesta quinta-feira para encerrar mais de duas semanas de protestos contra políticas econômicas e sociais do presidente Guillermo Lasso, que deixaram pelo menos oito pessoas mortas, disseram os líderes indígenas.
Os protestos organizados pelo grupo indígena Conaie irromperam ao redor do Equador em 13 de junho. Entre as exigências dos manifestantes, estavam baixar o preço do combustível e limitar a expansão das indústrias de petróleo e mineração.
“Chegamos ao valor supremo ao qual todos aspiramos: paz em nosso país”, disse Lasso, em uma mensagem no Twitter que comemorou o fim dos protestos.
Como parte do acordo, o governo concordou em baixar os custos do combustível, incluindo gasolina e diesel, os mais utilizados, em mais 5 centavos, após cortes anteriores de 10 centavos por galão.
Lasso também ofereceu revogar um decreto para projetos de petróleo e reformar um parecido para projetos de mineração. Essa reforma garantirá que as comunidades tenham o direito de serem consultadas sobre esse tipo de empreendimento.
“Vamos continuar lutando”, disse o líder da Conaie, Leonidas Isa, acrescentando que os protestos seriam suspensos, após o acordo. Alguns líderes discordaram de alguns pontos do acordo.
(Reportagem de Alexandra Valencia)