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Governo quer emplacar PL de combustíveis e agendas da transição energética até COP28

Publicado 18.08.2023, 15:18
© Reuters. Bomba de gasolina em um posto de combustível
21/05/2018
REUTERS/Francis Mascarenhas
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Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - O governo federal tem ambição de aprovar no Congresso, nos próximos 100 dias, um pacote de projetos associados à agenda de transição energética, incluindo o programa para ampliar o uso de combustíveis sustentáveis e a regulamentação de novas tecnologias como eólicas offshore, disse à Reuters um secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

A ideia é que o Brasil possa chegar à conferência climática COP28, que ocorre em Dubai entre o fim de novembro e início de dezembro, com posicionamento firme diante dos desafios globais de descarbonização, afirmou Rodrigo Rollemberg, secretário da pasta para Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria.

Segundo Rollemberg, os esforços do governo na área estarão concentrados em quatro frentes: mercado de carbono, marco legal das eólicas offshore (no mar), o programa "combustível do futuro" e a regulamentação do hidrogênio verde.

"São projetos separados, mas todas essas coisas integradas têm uma convergência que dá sustentabilidade econômica a vários projetos que, sozinhos, teriam dificuldade de ter", explicou.

Como exemplo, o secretário citou a possibilidade de que áreas degradadas recuperadas para a futura produção de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) possam gerar créditos de carbono a serem negociados sob a regulamentação que está sendo preparada pelo governo.

O incentivo à produção de SAF é uma das vertentes do programa "Combustível do Futuro", que inclui ainda outras propostas em estudo para descarbonizar a matriz de transportes, como o aumento da mistura de etanol anidro à gasolina para 30%.

"O 'Combustivel do Futuro' já está bem amadurecido no âmbito do governo, e parece que já está na Casa Civil, a Casa Civil decide o momento adequado de encaminhar ao Congresso", disse Rollemberg, sem dar mais detalhes.

A proposta mais adiantada, segundo ele, é a regulamentação do mercado de carbono, que está "praticamente pronta" e que teria condições de ser encaminhada ao Congresso já na próxima semana, disse.

Ele destacou ainda a expectativa de avanço do projeto de regulamentação das eólicas offshore, que já passou pelo Senado e aguarda apreciação na Câmara, e de elaboração das regras para o hidrogênio verde, que ainda estão em avaliação dentro do governo.

Para o secretário, há um ambiente propício para a aprovação desse pacote de projetos diante da declaração do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que a transição energética será pauta prioritária da Casa no segundo semestre, além de manifestações também favoráveis do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

"A articulação do governo tem que ser uma só, o conjunto de ações junto ao presidente do Senado, da Câmara... São 100 dias que temos até a COP, tempo mais do que suficiente (para aprovar)", avaliou Rollemberg.

Segundo ele, os temas podem até suscitar eventuais divergências, mas não oposição.

© Reuters. Bomba de gasolina em um posto de combustível
21/05/2018
REUTERS/Francis Mascarenhas

"O Brasil tem uma oportunidade única nesse segundo semestre de terminar o ano dando sinais muito fortes para o mercado interno e internacional que é o país que de fato pretende liderar a transição para uma economia verde e de baixo carbono."

Ele observou ainda que há uma "corrida" mundial para atrair recursos bilionários de fundos de investimentos que buscam oportunidades em projetos de descarbonização e que o Brasil está na "pole position" devido a seu potencial de energias renováveis e reindustrialização.

"Se (o país) demorar, perde o senso de oportunidade."

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