DUBAI/LONDRES (Reuters) - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo vai provavelmente ressuscitar conversas sobre um congelamento nos níveis de produção de petróleo quando encontrar nações de fora do grupo no próximo mês, à medida que a Arábia Saudita, principal exportador, parece querer preços mais altos, de acordo com fontes da Opep, embora o Irã, o Iraque e a Rússia apresentem obstáculos para um acordo.
Riade aumentou as expectativas para um acordo de produção global na quinta-feira quando o ministro de Energia Khalid al-Falih disse que a Arábia Saudita vai trabalhar junto à Opep e não membros do grupo para ajudar a estabilizar os mercados de petróleo.
"Os comentários do ministro de Energia saudita dão uma indicação positiva de que de que eles estão dispostos a fazer um acordo de congelamento, mas a pergunta permanece: a que nível?" disse uma fonte da Opep de um grande produtor do Oriente Médio.
"O congelamento será a níveis de janeiro? E quanto ao Irã? E tem a Nigéria, que perdeu muito de sua produção desde janeiro?", acrescentou a fonte.
Alguns dias após os comentários de Falih, o ministro de Energia russo, Alexander Novak, foi citado dizendo que a Rússia está se consultando com a Arábia Saudita e outros produtores para atingir a estabilidade do mercado de petróleo, acrescentando que a porta está aberta para mais discussões sobre o congelamento da produção, caso seja necessário.
A Arábia Saudita --junto com a Rússia e os Estados Unidos entre os maiores produtores mundiais-- aumentou a produção para 10,67 milhões de barris por dia em julho ante 10,2 milhões em janeiro, quando a ideia de congelamento primeiro surgiu.
(Por Dmitry Zhdannikov)