PEQUIM (Reuters) - A produção de petróleo da China caiu 9,8 por cento em setembro ante um ano antes, no segundo maior declínio já registrado em comparação anual, segundo dados do governo, conforme grandes petroleiras continuam a fechar poços de alto custo para reduzir despesas.
A produção doméstica caiu para 15,98 milhões de toneladas, ou 3,89 milhões de barris por dia (bpd), perto do menor patamar em seis anos, disse o Escritório Nacional de Estatísticas nesta quarta-feira, refletindo cortes de gastos em campos de petróleo e o fechamento de poços antigos.
O forte declínio, após uma queda recorde de 9,9 por cento em agosto, é o mais recente sinal de que uma longa busca por eficiência entre as petroleiras da China, que está entre os cinco maiores produtores globais, pode ajudar a reequilibrar o excesso de oferta no mercado.
"Em geral, baixos preços do petróleo são uma boa desculpa ou razão para que as petroleiras chinesas finalmente fechem aqueles campos mais caros, que antes operavam com pouca preocupação sobre custos", disse o analista Tee Sengyick, da consultoria SIA Energy.
Daqing, maior campo petrolífero da China em produção e um dos mais antigos, além de Shengli, na província de Shandong, são considerados alguns dos mais ineficientes campos do país e têm chamado a atenção das petroleiras em seus cortes de produção.
(Por Meng Meng e Chen Aizhu)