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Grãos em alta; trigo sobe após classificação de safra dos EUA

Publicado 06.11.2012, 09:05
Investing.com – Os contratos futuros de grãos subiram nas negociações europeias da manhã desta terça-feira, com os preços do trigo avançando pelo segundo dia após dados do governo terem mostrado que as classificações da safra norte-americana caíram na semana passada para uma baixa recorde para esta época do ano.

Os mercados agrícolas permaneceram apreensivos antes da eleição presidencial norte-americana de hoje, bem como antes da divulgação do relatório de outubro atualizado de estimativas de safra, a ser emitido pelo Ministério da Agricultura dos EUA (USDA) na sexta-feira.

Na Bolsa Mercantil de Chicago, o trigo para entrega em dezembro foi negociado a US$ 8,7312 por bushel, subindo 0,8%. O contrato de dezembro subiu até 0,9% no início da sessão, para US$ 8,7350 por bushel, a alta diária.

O relatório semanal de progresso de safra do USDA, divulgado após o fechamento das negociações de ontem, mostrou que aproximadamente 39% da safra norte-americana de trigo do inverno foi avaliado como condição “boa” a “excelente” a partir de 4 de novembro, a menor avaliação para esta época do ano.

O trigo de inverno classificado como “bom” a “excelente” ficou em 40% na semana passada, ao passo que foi registrado cerca de 49% na mesma semana do ano passado.

Os preços do trigo continuaram atraindo apoio das preocupações com uma interrupção nas reservas mundiais.

Em 24 de outubro, os preços do trigo vencendo este mês subiram para US$ 8,9475 por bushel, uma alta de três semanas, após o ministro da Agricultura da Ucrânia ter dito que o país interromperia as exportações de trigo a partir de 15 de novembro.

A russa SovEcon reduziu na semana passada sua previsão para a safra russa de trigo de 2012 para 37,5 milhões de toneladas, dos 38 milhões de toneladas registrados anteriormente.

Uma interrupção no abastecimento vindo da região do Mar Negro pode aumentar a demanda pelas reservas norte-americanas, que é o terceiro maior produtor mundial de trigo e o maior exportador da fibra.

Enquanto isso, os futuros de soja para entrega em janeiro foram negociados a US$ 15,1700 por bushel, avançando 0,9%. O contrato de janeiro subiu até 1,1% no início do dia, para US$ 15,2112 por bushel, a alta da sessão.

Segundo o USDA, aproximadamente 93% da safra de soja dos EUA foi colhida a partir da semana passada, acima dos 87% registrados na semana anterior.

A média de cinco anos para esta época do ano é de 86%, ao passo que somente 91% da safra foi colhida na mesma semana no ano passado.

Os preços da soja ficaram sob forte pressão de venda nas últimas semanas, perdendo quase 15% desde que atingiu uma alta recorde de US$ 17,8888 por bushel em 4 de setembro, quando os agricultores norte-americanos começaram a colher a soja em um ritmo mais rápido.

O USDA está programado para divulgar suas estimativas atualizadas de safra no dia 9 de novembro.

Os traders de soja também começaram a monitorar as condições climáticas no Brasil e na Argentina, segundo e terceiro maiores exportadores da oleaginosa.

Em outros lugares, os contratos futuros de milho para entrega em dezembro foram negociados a US$ 7,3850 por bushel, subindo 0,4%. Os contratos vencendo este mês foram negociados numa faixa entre US$ 7,3962, a alta da sessão, e US$ 7,3788 por bushel, a baixa diária.

Dados do USDA mostraram que cerca de 95% da safra norte-americana de milho foi colhida a partir da semana passada, acima dos 91% da semana anterior e significativamente maior que os 85% registrados na mesma semana do ano passado.

A média de cinco anos para esta época do ano é de 71%.

Os preços do milho ficaram sob pressão nas últimas semanas, perdendo aproximadamente 12% desde que atingiu uma alta recorde de US$ 8,4237 por bushel em 10 de agosto, uma vez que uma combinação de preocupações reduzidas com o ritmo da colheita norte-americana e preocupações com uma demanda menor pelo milho norte-americano reduziram o apelo da commodity.

O milho é a maior safra norte-americana, seguido pela soja, segundo estatísticas do governo. O trigo ocupa o quarto lugar, atrás do feno.

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