SÃO PAULO (Reuters) - Caminhoneiros independentes realizavam manifestações em 36 pontos de rodovias federais do Brasil, em nove Estados diferentes, nesta terça-feira, no segundo dia de um movimento contra a presidente Dilma Rousseff.
No fim da manhã desta terça-feira havia 21 bloqueios parciais, nos quais apenas veículos de carga eram retidos, depois de o governo ter anunciado na véspera que caminhoneiros que bloqueassem estradas seriam multados.
Na noite de segunda-feira os bloqueios, totais e parciais, totalizavam 28, em 11 Estado.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, metade dos protestos desta terça está concentrada no Rio Grande do Sul e Paraná.
Na segunda-feira, a associação que representa indústrias exportadoras de aves e suínos alertou que uma paralisação impedindo o fluxo de cargas para os portos poderia ser bastante prejudicial ao setor, uma vez que o mês de novembro é crucial para embarques para o leste europeu.
Grandes entidades representativas de caminhoneiros não participam do protesto.
Um dos líderes do grupo Comando Nacional do Transporte, que se organiza por meio de redes sociais, comemorou a adesão em diversas regiões do país.
"Vamos continuar com a atividade", disse Ivar Schmidt em um vídeo publicado na Internet.
O governo federal determinou que a Polícia Rodoviária aplique multa de 1.915 reais a caminhoneiros que bloquearem estradas e que use todo o seu efetivo para desbloquear estradas.
Na segunda-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, classificou o movimento como político e afirmou que não há como negociar com os líderes, que pedem a renúncia ou o impeachment de Dilma.
(Por Gustavo Bonato)