Investing.com – Preços do petróleo subiam nesta sexta-feira, com o petróleo dos EUA no caminho de ganhos de 1% nessa semana, já que investidores aguardavam mais dados sobre a atividade de extração nos EUA, que serão divulgados ainda durante a sessão, e aguardavam a reunião de produtores de petróleo no início da próxima semana.
O contrato com vencimento em setembro do petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA ganhava US$ 0,14, ou 0,30%, com o barril negociado a US$ 47,06 às 5h43 (horário de Brasília).
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em setembro na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres ganhavam US$ 0,18 e o barril era negociado a US$ 49,38.
Apesar dos ganhos desta semana, o petróleo caiu mais de 10% apenas este ano devido às dúvidas sobre a capacidade de reduzir a sobreoferta global que levaram os investidores a venderem o ouro negro.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) chegou a um acordo com alguns países externos à organização, liderados pela Rússia, para cortar a produção em 1,8 milhões de barris por dia até março de 2018, embora a última leitura sobre a conformidade dos membros da OPEP estava em apenas 78%.
Além disso, o acordo de cortes na produção teve pouco impacto nos níveis dos estoques globais devido ao aumento da oferta de produtores que não participam do acordo, como a Líbia e a Nigéria, e ao aumento incessante na produção de shale oil nos EUA.
No início dessa semana, o Equador, que é um pequeno produtor, sinalizou que poderia não cumprir os cortes, causando temores de que outros produtores pudessem seguir o país.
Produtores da OPEP e externos à organização devem se reunir nesta segunda-feira na Rússia e investidores observarão quaisquer sinais de que a Arábia Saudita, maior produtor de petróleo do mundo, possa reduzir sua produção.
Há especulações de que a Arábia Saudita estaria considerando um corte de um milhão de barris em suas exportações de petróleo para compensar o aumento da produção na Líbia e na Nigéria.
O ministro do petróleo do Kuwait também afirmou que as duas nações africanas logo poderão ser solicitadas a limitarem suas produções.
A reunião de segunda-feira é uma rotina do Comitê Ministerial de Monitoramento Conjunto OPEP/ Não OPEP (JMMC, na sigla em inglês), cuja tarefa é monitorar a conformidade com o acordo de cortes na produção.
Além do que for dito na reunião em si, agentes do mercado observarão de perto quaisquer comentários nos bastidores que possam indicar planos de ações adicionais para reequilibrar o abastecimento global.
Nesta sexta-feira, participantes do mercado também estarão de olho nos últimos dados semanais da Baker Hughes sobre a atividade de extração nos EUA.
Na última sexta-feira, a empresa fornecedora a serviços de energia relatou que os exploradores norte-americanos de petróleo ganharam mais duas sondas, o que leva à contagem total de 765, valor mais alto desde abril de 2015, sustentando preocupações de que a recuperação em curso na produção de shale oil no país estaria afetando os esforços de outros grandes produtores para reequilibrar o movimento de demanda e oferta mundial
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em agosto avançavam 0,16%, chegando a custar US$ 1,6100 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em agosto ganhavam US$ 0,34% e eram negociados por US$ 1,5488 o galão.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em agosto recuavam 0,33% para US$ 3,033 por milhão de unidades térmicas britânicas.