Por Meng Meng e Chen Aizhu
PEQUIM (Reuters) - As importações de petróleo do Irã pela China caíram fortemente em setembro frente ao mesmo mês do ano passado, em um sinal de que o país conteve as compras da República Islâmica conforme os Estados Unidos se preparam para retomar sanções sobre o setor de petróleo iraniano.
Dados da Administração Geral de Alfândegas da China mostram que o país comprou 2,13 milhões de toneladas de petróleo do Irã em setembro, ou 519,3 mil barris por dia (bpd), uma queda de 34 por cento ante as 3,22 milhões de toneladas de setembro de 2017.
As alfândegas chinesas fizeram um anúncio-surpresa mais cedo nesta quinta-feira em seu site, ao disponibilizar ao público dados mensais das importações e exportações mensais de commodities da China, incluindo o país de origem das importações e o destino das exportações.
O órgão antes divulgava esses dados mediante uma taxa, mas o serviço havia sido suspenso em abril.
As importações de petróleo iraniano em setembro caíram de um nível de 3,28 milhões de toneladas, ou 798.423 bpd em agosto, segundo os dados.
Com a queda nas importações do Irã, embarques dos Estados Unidos cresceram em setembro, mesmo com a guerra comercial entre os países.
Os números mostram que as importações de petróleo da China junto aos EUA em setembro somaram 1,04 milhão de toneladas, ou cerca de 253.000 bpd, ante 495.551 toneladas no mesmo mês do ano anterior.
As importações a partir de outubro, no entanto, devem cair devido a preocupações de que o petróleo possa ser incluído à lista de produtos chineses aos quais os EUA têm imposto tarifas.