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A Agência Internacional de Energia (AIE) projetou um aumento significativo no consumo de gás natural da Índia, que deve crescer 60% entre 2023 e 2030. Este aumento na demanda exigirá que o país dobre suas importações de gás natural liquefeito (GNL), já que a produção doméstica deve crescer em um ritmo muito mais lento.
A rápida urbanização e industrialização da Índia são os principais fatores por trás da transformação de seu mercado energético, posicionando-a como uma força importante no crescimento da demanda global de gás até o final da década e potencialmente além.
Nos últimos dois anos, a Índia viu sua demanda por gás natural aumentar mais de 10%, após uma década de crescimento lento e declínios ocasionais. Até 2030, a AIE prevê que a demanda de gás da Índia alcançará 103 bilhões de metros cúbicos (bcm) anualmente. Com apoio adicional de políticas governamentais, essa demanda poderia aumentar ainda mais para 120 bcm por ano. A produção doméstica, por outro lado, deve crescer apenas 8% para aproximadamente 38 bcm por ano no mesmo período.
Como resultado, a Índia, atualmente o quarto maior comprador global de GNL, precisará elevar suas importações anuais para cerca de 65 bcm até 2030. Este nível está alinhado com a atual capacidade dos terminais de importação do país, que é de aproximadamente 48 milhões de toneladas métricas por ano de GNL. Esta previsão supera as expectativas da empresa italiana de energia Eni, que prevê que a demanda de GNL da Índia dobrará nos próximos 15 anos.
A AIE enfatizou a importância de a Índia planejar estrategicamente sua aquisição de GNL e expandir a infraestrutura de importação para mitigar os riscos associados à volatilidade do mercado spot.
Com o vencimento dos contratos existentes, a Índia poderá enfrentar uma lacuna crescente entre a oferta contratada e a demanda projetada após 2028, a menos que novos contratos de longo prazo sejam garantidos em breve.
Em resposta à crescente demanda, duas refinarias estatais indianas assinaram recentemente acordos de compra de GNL com a Abu Dhabi National Oil Co (ADNOC), e empresas petrolíferas indianas estão em discussões para adquirir GNL dos EUA, aproveitando o aumento da produção previsto nas políticas implementadas durante a administração do presidente Donald Trump.
A Índia atualmente opera sete terminais de importação de GNL com capacidade combinada de cerca de 47,7 milhões de toneladas métricas por ano. Para atender ao aumento projetado nas necessidades de GNL, será necessária capacidade adicional de importação na segunda metade da década.
O Primeiro-Ministro Narendra Modi, em um discurso virtual na conferência India Energy Week em Nova Delhi na segunda-feira, destacou que grandes descobertas e nova infraestrutura de dutos contribuíram para aumentar a participação do gás natural na matriz energética da Índia. Modi pretende elevar essa participação para 15% até 2030, acima dos atuais 6,2%.
Com sua demanda em expansão, a Índia tem o potencial de influenciar os preços globais do GNL, potencialmente desafiando o Title Transfer Facility (TTF) da Europa e o Japan/Korea Marker da Ásia como um importante player de mercado, segundo Cristian Signoretto, diretor global de gás e GNL da Eni.
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