Por Kate Abnett
BRUXELAS (Reuters) - Incêndios florestais na Espanha e no Marrocos provocaram emissões de carbono em junho e julho deste ano em nível maior do que no mesmo período de qualquer ano desde 2003, informou o Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus, da União Europeia.
Os incêndios florestais varreram partes do sul da Europa e do norte da África, matando centenas de pessoas, forçando milhares a deixar suas casas e expelindo nuvens de poluição prejudicial à saúde e gases de efeito estufa.
Os incêndios na Espanha produziram 1,3 milhão de toneladas de emissões de carbono de junho a 17 de julho, a maior quantidade de junho-julho em qualquer ano desde o início do conjunto de dados do Copernicus em 2003.
Com mais de 30 incêndios ainda ocorrendo na terça-feira, a Espanha já superou seu recorde anterior de 1,1 milhão de toneladas de emissões de carbono em junho-julho de 2012.
"As emissões para a Espanha já são maiores do que nos últimos 20 anos", disse à Reuters o cientista sênior do Copernicus, Mark Parrington.
Marrocos também estabeleceu um novo recorde de 480.000 toneladas de emissões de carbono a partir de incêndios florestais em junho-julho deste ano, o mais alto durante o período de junho-julho nas últimas duas décadas.
Copernicus conta todo o carbono emitido pelos incêndios em seus dados, incluindo os gases de efeito estufa dióxido de carbono e metano.
A mudança climática está exacerbando as condições quentes e secas que estimulam os incêndios a se espalharem mais rapidamente e queimarem por mais tempo - o que significa que eles expelem mais gases de efeito estufa que aquecem o planeta e os poluentes do ar que causam problemas cardiovasculares e respiratórios.