Por Bernadette Christina
JACARTA (Reuters) - A Indonésia está preparada para ampliar sua proibição às exportações de oleína de palma refinada se enfrentar escassez doméstica de derivados usados na produção de óleo de cozinha, de acordo com detalhes apresentados em uma reunião entre autoridades do governo e da indústria.
O maior exportador de óleo de palma do mundo planeja interromper os embarques de oleína de palma refinada, branqueada e desodorizada (RBD), mas permitirá exportações de óleo de palma bruto ou outros derivados a partir de quinta-feira, disse à Reuters o alto funcionário do governo Musdhalifah Machmud, que verificou os detalhes apresentados.
A oleína de palma RBD responde por cerca de 40% dos embarques totais de produtos de óleo de palma da Indonésia, de acordo com estimativas de analistas, o que significa que a proibição pode afetar significativamente as receitas de exportação na maior economia do Sudeste Asiático.
A Indonésia normalmente exporta cerca de 2,5 bilhões de dólares a 3 bilhões de dólares em produtos de óleo de palma por mês.
As autoridades monitorarão rigorosamente o fornecimento doméstico de óleo de palma refinado e óleo de palma bruto, que são usados como matérias-primas para fazer oleína RBD, de acordo com slides da apresentação.
"Se houver escassez de óleo de palma refinado, mais proibições de exportação podem ser realizadas", dizia o texto em um slide, apresentado às empresas de óleo de palma na segunda-feira.
O presidente da Indonésia, Joko Widodo, anunciou a proibição de exportações de óleo de cozinha e sua matéria-prima na sexta-feira passada para ajudar a controlar a alta dos preços domésticos, mas não forneceu detalhes.
Os mercados chegaram a pensar anteriormente que a proibição cobriria uma gama mais ampla de produtos de óleo de palma, fazendo com que a rupia e as ações das empresas indonésias de óleo de palma caíssem na segunda-feira.
(Por Bernadette Christina Munthe, reportagem adicional de Stefanno Sulaiman e Stanley Widianto em Jacarta e Tom Westbrook em Cingapura)