DUBAI (Reuters) - O Irã está pronto para apoiar qualquer decisão que ajude a restaurar o equilíbrio do mercado de petróleo depois que reconquistar sua participação anterior às sanções internacionais impostas contra o país, disse a agência de notícias do Ministério do Petróleo do Irã, Shana.
O ministro argelino de Energia, Nouredine Bouterfa, afirmou após conversas em Teerã com seu colega iraniano, Bijan Zanganeh, que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) quer o preço da commodity entre 50 e 60 dólares o barril, segundo publicou a Shana.
"O vice-ministro de Petróleo, Hossein Zamaninia, expressou apoio do Irã a qualquer decisão que ajude a restaurar o equilíbrio no mercado de petróleo, afirmando que o país apenas poderá cooperar neste campo quando reconquistar sua participação no mercado anterior às sanções", disse a agência.
O excesso global de oferta de petróleo derrubou os preços da commodity do pico atingido em meados de 2014 de mais de 100 dólares o barril. O preço recuou para o menor nível em 12 anos este ano, para cerca de 27 dólares o barril. O Brent tem se recuperado e foi negociado a cerca de 49 dólares o barril na semana passada.
O Irã, terceiro maior produtor da Opep, tem enviado sinais positivos de que poderá apoiar uma ação conjunta para impulsionar o mercado de petróleo.
Membros da Opep vão se reunir durante o Fórum Internacional de Energia, que reúne produtores e consumidores, na Argélia entre 26 e 28 de setembro.
Zanganeh confirmou que vai participar do encontro na Argélia.
Zamaninia disse que os países da Opep precisam encontrar uma forma de recuperar o sistema de cotas. "Naturalmente, se um país quer produzir à plena capacidade, não haverá nenhum equilíbrio no mercado", disse Zamaninia, sem citar nomes de países, mas em uma aparente referência à Arábia Saudita.
"Os membros da Opep querem o barril a 50 a 60 dólares o barril", disse agência citando Bouterfa.