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Juventude x Europa: julgamento "sem precedentes" em caso climático começa na França

Publicado 27.09.2023, 09:53
© Reuters. André e Sofia Oliveira, que fazem parte do grupo que entrou com ação sobre clima, posam em Almada
 29/7/2023    REUTERS/Pedro Nunes/File Photo

Por Catarina Demony

(Reuters) - Seis jovens de áreas em Portugal devastadas por incêndios florestais e ondas de calor levaram 32 governos europeus ao tribunal nesta quarta-feira, argumentando que o fato de não agirem com rapidez suficiente em relação às mudanças climáticas é uma violação de seus direitos humanos.

O caso - apresentado em setembro de 2020 contra os 27 Estados membros da União Europeia, bem como Reino Unido, Suíça, Noruega, Rússia e Turquia - é a maior ação sobre clima já ouvida pelo Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH) em Estrasburgo, na França.

A audiência começou por volta das 9h15, no horário local, e está programada para terminar às 16h15. Espera-se que a decisão sobre o caso seja tomada no primeiro semestre de 2024.

Com o apoio da Global Legal Action Network (GLAN), sediada no Reino Unido, os jovens portugueses, com idades entre 11 e 24 anos, estão buscando uma decisão juridicamente vinculativa que forçaria os Estados a agir.

Se o pedido for acatado, poderá resultar em ordens dos tribunais nacionais para que os governos reduzam as emissões de dióxido de carbono, responsáveis pelas mudanças climáticas, mais rapidamente do que o planejado atualmente.

"Hoje nos levantaremos no TEDH para defender nossos direitos e nosso futuro", escreveram nas redes sociais os requerentes, que participarão pessoalmente da audiência.

Gerry Liston, um dos advogados da GLAN, disse que, se o caso for bem-sucedido, caberá aos tribunais nacionais aplicar as decisões e que eles receberão um roteiro para garantir que a aplicação seja eficaz.

Para demonstrar apoio, pessoas de todas as idades se reuniram do lado de fora do tribunal segurando faixas com os dizeres "Apoie a juventude" e "Estamos torcendo por vocês".

Os requerentes argumentam que as mudanças climáticas ameaçam seus direitos, inclusive à vida e ao bem-estar físico e mental.

"Sem uma ação urgente para reduzir as emissões, (o local) onde moro logo se tornará uma fornalha insuportável", disse Martim Agostinho, de 20 anos, em um comunicado.

Agostinho e três outros requerentes são da região central de Leiria, em Portugal, onde dois incêndios florestais mataram mais de 100 pessoas em 2017.

© Reuters. André e Sofia Oliveira, que fazem parte do grupo que entrou com ação sobre clima, posam em Almada
 29/7/2023    REUTERS/Pedro Nunes/File Photo

Mais de 80 advogados estão representando os países acusados, enquanto os requerentes estão sendo representados por seis advogados, resultando no que a GLAN descreveu em um comunicado como uma audiência "sem precedentes em escala".

O litígio climático está crescendo, tanto na Europa quanto fora dela.

No mês passado, uma juiza de Montana, nos Estados Unidos, concedeu uma vitória histórica a jovens demandantes contra o governo estadual em um caso sobre mudanças climáticas.

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