Por Marco Aquino
LIMA (Reuters) - A candidata de direita à Presidência do Peru, Keiko Fujimori, que luta para reverter o resultado inicial da eleição de 6 de junho que a mostrou atrás do rival socialista Pedro Castillo, pode estar ficando sem tempo -- e aliados
Castillo, que assusta o establishment político do país andino, terminou com uma vantagem apertada de 44 mil votos ao final da contagem das cédulas, mas o desfecho se arrasta, já que Keijo alega fraude e quer desqualificar alguns votos.
Mas esta aposta pareceu perder força depois que possíveis aliados se distanciaram de Keiko, que é filha do ex-presidente Alberto Fujimori, que está preso por corrupção e abusos de direitos humanos.
"Já basta", disse um editorial do final de semana do jornal conservador El Comercio, parte de um dos conglomerados de mídia mais poderosos do país, que geralmente apoia Keiko.
"Hoje está claro que o que começou com o uso de recursos legais legítimos para questionar a adequação de algumas cédulas... começa a se tornar uma tentativa de setores políticos diferentes de adiar o processo tanto quanto possível".
O partido Peru Livre, de Castillo, e a comissão eleitoral negam quaisquer alegações de fraude, e observadores eleitorais internacionais dizem que a votação foi limpa. O Departamento de Estado norte-americano foi mais longe, classificando-a como um "modelo de democracia".
Nesta segunda-feira, Keiko foi ao palácio de governo e entregou uma carta ao presidente interino, Francisco Sagasti, pedindo uma auditoria internacional da votação.