(Reuters) - Os investidores vêem o contágio dos mercados com Brasil e China como o maior risco aos mercados de crédito dos Estados Unidos em 2016, aponta pesquisa da Fitch com investidores de renda fixa.
Na pesquisa divulgada nesta terça-feira, 60 por cento dos investidores disseram que a evolução adversa em um ou mais mercados emergentes apresentam risco elevado para os mercados de crédito dos EUA, enquanto 40 por cento disseram que o risco é moderada. Os entrevistados viram Brasil e China como as duas fontes mais prováveis de contágio mais amplo, seguidos por Rússia e Turquia.
Quase três quartos dos entrevistados apontaram empresas de mercados emergentes como a menos provável opção de investimento; 93 por cento disseram esperar que as condições de crédito para empresas de emergentes se deteriorem em 2016.
A Fitch diz ver os emergentes como fonte crescente de risco para o crescimento global, diante do colapso nos preços das commodities.
Brasil, junto com outros países latino-americanos, enfrenta piora dos fundamentos, com a economia recessão, além de desafios fiscais e políticos. A desvalorização da moeda e a volatilidade abateram a confiança doméstica. Empresas brasileiras enfrentam o aumento dos custos de financiamento nacionais e internacionais, enquanto o acesso a crédito estrangeiro diminuiu.
Uma desaceleração forçada da China, com o ritmo de expansão do PI caindo para 2 por cento nos próximos anos, também foi um dos temores mais citados pelos entrevistados.
A pesquisa da Fitch representa opiniões de 74 seniores investidores de renda fixa.