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Leilão de energia de fontes alternativas tem deságio de 2% e movimenta R$3,4 bi

Publicado 27.04.2015, 19:34
© Reuters.  Leilão de energia de fontes alternativas tem deságio de 2% e movimenta R$3,4 bi
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Por Leonardo Goy

BRASÍLIA(Reuters) - O leilão de fontes alternativas de energia nesta segunda-feira movimentou 3,397 bilhões de reais em contratos com preço médio apenas 1,96 por cento inferior ao valor inicial proposto para o certame, diante de um quadro de alto custo de geração, descontratação de distribuidoras e valorização do dólar contra o real.

Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o leilão comercializou ao todo 16,99 milhões de MWh de 11 empreendimentos, localizados em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia, sendo 8 deles usinas térmicas e três centrais eólicas.

A distribuidora Eletropaulo, do grupo AES, foi destaque ao comprar 7,633 milhões de MWh, cerca de 45 por cento do total comercializado no leilão. Desse volume contratado pela empresa, 6,074 milhões de MWh foram de térmicas a biomassa com entrega a partir de janeiro de 2016 e o restante de projetos eólicos com início de entrega em janeiro de 2017.

A Coelba, distribuidora baiana do grupo Neoenergia, foi a segunda maior compradora, arrematando 1,459 milhão de MWh em contratos, seguida pela fluminense Light, que comprou 938 mil MWh.

Energia gerada por térmicas a biomassa para a entrega a partir de 2016 foi a mais vendida no leilão, no valor total de 2,473 bilhões de reais, a um preço médio de 209,91 reais por MWh, com deságio de 2,37 por cento.

Já usinas eólicas com início do suprimento em 2017 venderam o equivalente a 924 milhões de reais, a 177,47 reais por MWh, com deságio de 0,85 por cento.

Segundo o diretor executivo do Grupo Safira Energia, Mikio Kawai Jr., o deságio relativamente pequeno no preço da energia eólica já reflete a desvalorização do real contra o dólar, que atinge a matriz de custos dos parques geradores.

Os preços definidos no leilão, de acordo com Kawai, foram um "bom sinalizador ao mercado", porque não criam uma dissonância entre o que se passa atualmente e em 2016.

"Estamos simplesmente sofrendo um realismo de preços (...) Os preços de curto prazo estão agora falando a mesma língua dos de longo", disse.

Venceram os contratos os geradores que ofereceram o menor preço pela sua energia. O leilão teve pouco mais de uma hora de duração e tinha habilitado para participação 200 projetos de usinas, sendo 172 empreendimentos eólicos, 23 usinas de biomassa com início de suprimento em 2016 e seis térmicas biomassa com entrega de energia prevista para 2017.

Na quinta-feira, Aneel e CCEE promovem o leilão para entrega de energia a partir de janeiro 2020, conhecido como A-5 e mais importante que o certame desta segunda-feira. O leilão A-5 terá empreendimentos de fontes hidrelétrica e termelétrica, seja a carvão, gás natural em ciclo combinado e biomassa.

Na avaliação de Kawai, o leilão de quinta-feira também deve trazer preços mais altos que os acertados em certames anteriores por conta do impacto do dólar nos custos dos projetos.

(Com reportagem adicional de Alberto Alerigi Jr.)

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