🤑 Não fica mais barato. Garanta a promoção com 60% de desconto na Black Friday antes que desapareça...GARANTA JÁ SUA OFERTA

Manifestantes encerram protesto em sede da Vale em Brumadinho

Publicado 22.10.2020, 16:44
© Reuters. .
VALE3
-

Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - Cerca de 150 pessoas integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocuparam nesta quinta-feira a sede administrativa da mineradora Vale (SA:VALE3) em Brumadinho (MG), reivindicando a extensão do prazo do pagamento do auxílio emergencial para cerca de 100 mil pessoas.

Eles ainda protestaram contra alegadas falhas no fornecimento de água para as comunidades, sob o encargo da companhia desde o desastre em 2019.

Os manifestantes dizem que, com o desastre no início do ano passado, a oferta de água na região ficou poluída, e a Vale se comprometeu a garantir o abastecimento.

Segundo um representante do MAB, a Vale vem falhando na distribuição de água. Também está na pauta dos manifestantes a prorrogação do auxílio emergencial até a reparação integral dos danos causados pelo desastre.

Os manifestantes, conforme a assessoria de imprensa do MAB disse à Reuters por telefone, estariam recebendo no momento metade do salário mínimo prometido inicialmente para cada atingido, e afirmam que a Vale teria proposto redução no auxílio para 25% do total acordado, com pagamentos sendo encerrados em abril de 2021.

A manifestação, encerrada no meio da tarde, foi realizada em meio a audiências de conciliação nesta semana no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que deverá debater os temas.

Segundo o MAB, as pessoas que recebem o auxílio emergencial são pessoas de baixa renda, ribeirinhos e comunidades integrantes da Bacia do Rio Paraopeba, atingida pelo rompimento da barragem de rejeitos de mineração.

Com a poluição do rio, dizem os manifestantes, a maioria das pessoas atingidas perdeu a fonte de renda e não pode nem mesmo realizar agricultura na região.

OUTRO LADO

Sobre o protesto nesta quinta-feira, a Vale afirmou "que respeita a livre manifestação, desde que observado o direito de ir e vir e a propriedade, repudiando qualquer manifestação que viole tais direitos".

A empresa disse ainda que realiza encontros regulares com representantes legítimos dos atingidos, "visando uma reparação célere e respeitosa".

Sobre o pagamento emergencial, a Vale esclarece que o repasse de até um salário mínimo é concedido, em acordo judicial homologado em fevereiro de 2019, a mais de 106 mil moradores de Brumadinho e regiões localizadas até 1 km do leito do rio Paraopeba até a cidade de Pompéu.

"Com base no Termo de Acordo Preliminar (TAP), firmado com os órgãos de Justiça competentes, foi prorrogado até este mês de outubro", disse.

Sobre a segunda renovação do acordo, a Vale analisou a proposta apresentada pelo Ministério Público Estadual e Defensoria Pública de Minas Gerais e apresentou a sua própria proposta, "que entende mais adequada aos critérios que devem nortear o pagamento emergencial".

Ambas estão sob análise do Juízo da 2ª Vara de Fazenda Pública e Autarquias de Belo Horizonte.

A mineradora afirmou também que continua atuando na reparação de todos os danos causados pelo rompimento da barragem de Brumadinho, e entende que a indenização dos danos individuais aos atingidos é a medida mais adequada para tanto.

"Até outubro, mais de 8,2 mil pessoas já foram indenizadas pela Vale, sendo 1.645 pessoas por meio da Justiça Trabalhista e 6.526 pessoas em indenizações cíveis."

A companhia disse que o fornecimento de água às famílias e propriedades elegíveis dos municípios impactados ao longo da calha do rio Paraopeba "segue ocorrendo normalmente".

"Mais de 910 milhões de litros de água própria para consumo humano, irrigação e dessedentação animal foram distribuídos."

Além disso, para garantir que não falta para as famílias elegíveis em nenhuma eventualidade, a empresa aprimorou as condições para armazenamento da água potável às comunidades.

A empresa informo ainda que foram distribuídos 1.649 reservatórios (caixas d'água), 842 bebedouros para uso animal e 194 bombas hidráulicas.

AUDIÊNCIAS

© Reuters. .

O Ministério Público Federal (MPF) informou, na manhã desta quinta-feira, em petição ao Juízo da 2ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte/MG, que não irá participar das duas audiências de conciliação marcadas para esta quinta e sexta-feira, segundo nota do MPF.

Isso porque "em nenhuma delas foi autorizada a presença e participação de pessoas atingidas pelo desastre e de suas respectivas assessorias técnicas independentes".

A audiência marcada para esta quinta-feira acontecerá presencialmente no edifício-sede do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Já a audiência agendada para sexta-feira será realizada em plataforma virtual.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.