Por Nayara Figueiredo
SÃO PAULO (Reuters) - A média diária das exportações de milho do Brasil alcançou 375,3 mil toneladas na primeira semana de janeiro, quase o triplo do volume de 130,1 mil toneladas/dia do primeiro mês do ano passado, mostraram dados do governo federal nesta segunda-feira, enquanto o ritmo de embarques da soja caiu pela metade.
O desempenho positivo para o cereal vem após grandes volumes colhidos na última safra e demanda aquecida no mercado externo, em meio à redução nas exportações da concorrente Ucrânia que segue em guerra com a Rússia. A aprovação da China para o milho brasileiro também contribui para o incremento dos embarques.
Em contrapartida, o maior produtor e exportador global de soja enviou 52,3 mil toneladas/dia do grão ao exterior até a primeira semana do mês, versus média diária de 116,7 mil toneladas em janeiro de 2022, segundo a Secretaria de Comércio Exterior Secex (Secex).
O recuo na média de exportações da oleaginosa ocorre em momento de menor volume de estoques disponíveis.
Além disso, há um atraso na colheita da safra de soja 2022/23 em relação ao ciclo anterior, quando o plantio havia sido finalizado mais cedo. Os trabalhos já começaram em Mato Grosso, mas ainda são considerados incipientes, conforme produtores ouvidos pela Reuters.
Ainda de acordo com os dados da Secex, o açúcar também foi destaque. O Brasil registrou média diária de embarques de 122,6 mil toneladas até a primeira semana do mês, o dobro da média de 64,3 mil toneladas/dia em janeiro do ano passado.
(Reportagem de Nayara Figueiredo)