Por Enrico Dela Cruz
(Reuters) - Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura caíram nesta quinta-feira, assim como os benchmarks de aço na China, uma vez que o sentimento azedou devido a uma maior aversão a risco desencadeada por temores de crise bancária.
O plano relatado pela China, maior produtora mundial de aço, de cortar novamente sua produção anual de aço bruto este ano também pesou sobre o minério de ferro e outros ingredientes siderúrgicos, juntamente com dados mornos do setor imobiliário local.
O minério de ferro mais negociado para maio na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com queda de 2,8%, a 902 iuanes (130,75 dólares) a tonelada, depois de atingir mais cedo 897,50 iuanes, o menor nível desde 9 de março.
Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência em abril caiu 2,9%, para 128,35 dólares a tonelada.
"A macro volatilidade internacional se intensificou", disseram analistas da Sinosteel Futures em nota.
As ações asiáticas registraram perdas e os investidores se voltaram para a segurança do ouro, títulos e dólares, à medida que o Credit Suisse (SIX:CSGN) se tornou o mais recente foco de temores de uma crise bancária. [MKTS/GLOB]
Além disso, "os riscos políticos continuam a aumentar", elevando a volatilidade dos preços do minério de ferro, acrescentaram analistas da Sinosteel.
A China cortará novamente a produção anual de aço bruto em 2023, marcando o terceiro ano consecutivo em que o governo determinou um limite de produção de acordo com seu programa de redução de emissões, informou a Bloomberg News na quarta-feira.
Nenhum anúncio oficial foi feito sobre o plano.
Na ausência de qualquer diretiva oficial sobre restrições à produção, e com a perspectiva geral positiva para a recuperação econômica da China este ano, a Sinosteel disse que há uma "alta probabilidade" de que as siderúrgicas mantenham "um aumento estável na produção" durante o primeiro semestre de 2023.
(Por Enrico Dela Cruz em Manila)