TÓQUIO (Reuters) - O ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, disse nesta segunda-feira que está preocupado com uma possível escassez em termos de capacidade de produção de petróleo, embora avalie que o mercado esteja, agora, em melhor situação após os cortes de oferta iniciados em 2016.
Os preços do petróleo aumentaram à medida que o acordo de redução de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros aliados, incluindo a Rússia, se firmou. As principais referências mundiais de petróleo atingiram nesta segunda-feira o maior nível desde o final de 2014
O recente aumento dos preços --que quase triplicaram frente às mínimas atingidas no início de 2016-- levou à especulação de que as restrições à produção podem ser suspensas em breve, à medida que os países que dependem das receitas do petróleo buscam abastecer seus cofres ampliando as exportações.
"Estamos preocupados com a pequena reserva de capacidade nos dias de hoje... Mas sentimos que a indústria está em melhor forma do que quando começamos em 2016, e apesar de estarmos vendo essa melhoria, certamente não sentimos que estamos onde precisamos estar, que é a completa estabilidade de mercado", disse Falih à Reuters em Tóquio depois de se encontrar com o ministro do Comércio do Japão.
A capacidade de produção sobressalente estará entre os tópicos discutidos quando os ministros de energia e petróleo da Opep e aliados se reunirem no próximo mês em Viena, disse ele.
Falih disse que a Arábia Saudita não está mirando um preço específico para o petróleo, contrariando uma reportagem de 4 de maio no The Wall Street Journal dizendo que Riad quer que o petróleo atinja pelo menos 80 dólares por barril neste ano.
"Com certeza, não estamos visando um preço. Nosso objetivo o tempo todo tem sido trazer estabilidade e equilíbrio de volta aos mercados de petróleo", disse ele.
(Por Osamu Tsukimori e Aaron Sheldrick)