TÓQUIO (Reuters) - O Grupo dos Sete (G7) pediu à China nesta terça-feira que pressione a Rússia a interromper sua agressão na Ucrânia, depois que os ministros das Relações Exteriores do bloco se reuniram à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas e divulgaram uma declaração conjunta.
A nota, divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do Japão, presidente do G7, disse que os membros esperam que a China pressione pela retirada imediata, completa e incondicional das tropas russas da Ucrânia.
A declaração ocorre no momento em que o principal diplomata da China, Wang Yi, visita a Rússia para uma viagem de quatro dias, durante a qual espera-se que as duas nações prometam laços políticos mais profundos, com uma possível visita do presidente Vladimir Putin a Pequim no horizonte.
Os membros do G7 também saudaram a participação da China na reunião liderada pela Ucrânia em Jeddah e "encorajaram ainda mais a China a apoiar uma paz justa e duradoura, inclusive por meio de seu diálogo direto com a Ucrânia", informou o comunicado.
Putin se reuniu com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, na semana passada em Moscou para conversações que incluíram laços militares mais estreitos, alarmando os Estados Unidos e outros países alinhados ao Ocidente.
Pyongyang e Moscou negaram que a Coreia do Norte pudesse fornecer armas para a Rússia, que gastou grandes estoques em mais de 18 meses de guerra.
A declaração conjunta do G7 não mencionou nenhum país, mas disse que seus membros "reiteraram seu apelo a terceiros para que cessem toda e qualquer assistência à guerra de agressão da Rússia ou enfrentem custos severos".
(Reportagem de Sakura Murakami)