OSLO (Reuters) - O derramamento de águas residuais da Norsk Hydro no Brasil no mês passado foi mais extenso do que o relatado anteriormente, e a empresa ainda não tem uma visão geral da situação, disse a empresa norueguesa nesta terça-feira.
As autoridades determinaram no final de fevereiro que a Alunorte, a maior refinaria de alumina do mundo, localizada em Barcarena, no Pará, reduza a produção pela metade até que sejam endereçadas as preocupações com a poluição, levando a Hydro a declarar força maior sem tempo definido para reiniciar a produção.
Além do despejo no mês passado em um rio local, uma força-tarefa da empresa descobriu que os derramamentos também ocorreram a partir de uma lagoa de águas residuais e de um canal de drenagem no interior da unidade, informou a Hydro em um comunicado.
Separadamente, o Ministério Público Estadual do Pará (MPPA) ordenou que a empresa repare, dentro de 48 horas, rachaduras em uma tubulação e que o canal de drenagem seja fechado, disse a empresa, acrescentando que cumprirá este prazo.
"Os resultados preliminares da força-tarefa interna mostram que não temos uma visão geral completa da situação e do curso dos eventos", disse o presidente-executivo da Hydro, Svein Richard Brandtzaeg.
"Vou avaliar a situação completamente e voltar com mais informações no devido tempo", acrescentou.
ÀS 7h25 (horário de Brasília), as ações da Norsk Hydro caíam 0,8 por cento. No ano, as ações acumulam queda de cerca de 18 por cento.
(Por Terje Solsvik)