BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil está buscando resgatar o interesse de investidores em sua indústria de mineração ao simplificar o sistema de compra de áreas para exploração e ao melhorar o acesso às informações geológicas, disse o novo chefe de pesquisa geológica e mineral do país em entrevista nesta sexta-feira.
Eduardo Ledsham, ex-diretor executivo de exploração e novos projetos na gigante do minério de ferro Vale (SA:VALE5), disse que sua meta é trazer um grau de segurança e transparência para um setor que tem sofrido com a queda nos preços das commodities e com a sensação de alto risco político.
"É uma medida para quebrar o gelo que congelou o setor de mineração do Brasil desde 2012... Para mostrar que ele está aberto para investimentos", disse Ledsham nos escritórios de Brasília do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), ao qual se juntou em agosto.
A primeira etapa deste processo são quatro áreas de exploração ofertadas como parte de um amplo programa focado primeiramente em vender concessões para infraestrutura como estradas e ferrovias.
Publicados no Diário Oficial na quinta-feira, os quatro projetos de mineração são: uma área de fosfato nas divisas dos Estados de Pernambuco e Paraíba; uma área de carvão no Rio Grande do Sul; um depósito de cobre em Goiás e um depósito misto de cobre, chumbo e zinco no Tocantins.
Os lances para as quatro áreas serão decididos no segundo trimestre, com as companhias vencedoras selecionadas pelo critério de quem mais investir na exploração. Não existem custos iniciais para quem adquirir as áreas.
(Por Stephen Eisenhammer)
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447765))
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