Por Barani Krishnan
Investing.com - Os preços do petróleo caíram até 6% na segunda-feira em meio a expectativas de que os titãs do petróleo Rússia e Arábia Saudita ainda discutissem sobre quem causou o colapso do mercado, em vez de concordar com cortes na produção, que seriam benéficos..
No entanto, o mercado evitou outra queda livre depois que o presidente-executivo do fundo soberano da Rússia disse que os dois países estavam realmente "muito, muito perto" de um acordo para resgatar o mercado de petróleo.
"Acho que todo o mercado entende que esse acordo é importante e trará muita estabilidade, muita estabilidade mesmo ao mercado, e estamos muito próximos", disse à CNBC Kirill Dmitriev, CEO do Russian Direct Investment Fund.
Uma reunião virtual entre a Opep e seus aliados, liderados pela Rússia, estava programada para acontecer na segunda-feira.
Mas a reunião foi adiada para quinta-feira, após uma nova rodada de brigas entre o presidente russo Vladimir Putin e o ministro da Energia saudita Abdulaziz bin Salman. Esse embate foi responsável pela guerra de produção e preço entre os dois países que contribuíram para a destruição da demanda por provocado pela pandemia de Covid-19.
O West Texas Intermediate, índice de referência para o petróleo dos EUA negociado em Nova York, caía US$ 2,08, ou 7,3%, a US$ 26,26 por barril às 17h33 (horário de Brasília). O índice teve alta recorde de 32% na semana passada, recuperando-se das mínimas de 18 anos de US$ 19,27, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, tuitou que havia conseguido que Moscou e Riad concordassem com cortes na produção de até 15 milhões de barris por dia - exatamente o que a Agência Internacional de Energia estimava como excedente no mercado a partir deste mês.
O Brent, o índice de referência global para o petróleo negociado em Londres, caía US$ 0,91, ou 2,67%, para US$ 33,20 por barril. O Brent subiu 37% na semana passada.